Da Redação
Sem máscara anticovid-19, sorridente e empunhando um microfone, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, tratorou o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar do Exército, que vedam a participação de militares da ativa em manifestações coletivas de caráter político e engrossou, na manhã deste domingo, ato político realizado no Rio pelo presidente Jair Bolsonaro.
A atitude de Pazuello configura gritante caso de transgressão disciplinar.
O regulamento lista transgressões disciplinares e entre elas está: "Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária". Também são vedadas manifestações coletivas de caráter político aos militares da ativa.
Ao que se sabe, Pazuello não foi autorizado pelo Comando Geral do Exército a fazer militância política na Cidade Maravilhosa. Caso Pazuello, o militar que fez militância política não seja devidamente punido, a imagem do exercito será jogada na latrina.
"Se ele, que é general de divisão, pode fazer proselitismo político para Bolsonaro, os demais oficiais, cabos e soldados também vão reivindicar o mesmo direito de defender os políticos de suas preferências. A ruptura da disciplina e o desrespeito as regras internas podem estimular a balburdia na caserma. Situação idêntica pode ocorrer nos guarteis das policiais militares dos estados e do DF". alerta um militar reformado, que reprova a atitude de Pazuello, o "gordinho de Bolsonaro".