Da Redação
A Bronca Popular
Representantes de dez povos indígenas que integram o DSEI Cuiabá (Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá) estiveram reunidos na capital do estado para denunciar a precariedade no atendimento à saúde indígena.
Haliti Paresi, Manok, Boe Bororo, Chiquitano, Umutina Balatipone, Minki, Kura Bakairi, Nanbikuara, Enawene Nawe e Guato expuseram problemas crônicos que afetam diretamente suas comunidades, como a falta de transporte adequado, escassez de medicamentos e a inexistência de saneamento básico.
Segundo Josimar Koloizomae, presidente do Conselho Local de Saúde Indígena, que representa 52 aldeias em municípios como Sapezal, Tangará da Serra, Conquista do Oeste e Campo Novo do Parecis, o cenário atual reflete a má gestão do coordenador do DSEI Cuiabá. "A saúde indígena precisa ser tratada com seriedade e responsabilidade", declarou.
A comunidade exige a substituição imediata do gestor, acusando-o de desleixo e ineficiência no encaminhamento de demandas essenciais.
Além de questões relacionadas à saúde, as lideranças ressaltaram a importância de valorizar a história, cultura e tradições indígenas, aspectos fundamentais para garantir o bem-estar das comunidades.
Para Koloizomae, investir em saúde é parte de um compromisso maior que envolve também o respeito às raízes e aos direitos dos povos originários.
A responsabilidade pelos avanços necessários não deve recair apenas sobre uma esfera de governo, mas envolver ações coordenadas entre os poderes federal, estadual e municipal. É indispensável que as políticas públicas atendam de forma eficaz às necessidades dessas comunidades, assegurando transporte digno para atendimento médico, medicamentos e infraestrutura básica como água potável e saneamento.
O encontro deixou claro que, para os povos indígenas, não se trata apenas de direitos constitucionais, mas de sobrevivência e dignidade. A cobrança é direta: governos precisam assumir a obrigação de transformar promessas em realidade, colocando a saúde indígena como prioridade inegociável.
Roberto Pereira Bravo 28/01/2025
Eu acho que os povos indígenas estão corretos...
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