Impossível descrever a epopeia dos desbravadores que subiram a Serra de Tapirapuã para construir uma das mais belas e promissoras cidades do estado sem recorrer ao substantivos heroísmo.
A junção de pioneirismo e heroísmo desagrada a fonética, mas é inevitável quando se pretende relatar a saga empreendida, durante as décadas de 1960 e 1970, pelos primeiros ocupantes do loteamento Tangara da Serra.
Ireno Maciel Dutra e sua esposa Terezinha Maciel Dutra chegaram na terra dos Tangarás em 1976. Subimos a pé a serra, o ônibus não conseguia subir, recorda dona Terezinha. Ela lembra que sua mudança se resumia a duas malas e uma vontade férrea de vencer os obstáculos.
Com o bolso vazio, Ireno foi trabalhar de peão de fazenda. Foi vaqueiro, açougueiro e, depois de muito ralar, tornou-se pecuarista e, mais tarde, empresário do setor farmacêutico.
Ireno Maciel deixou seu Rio Grande do Sul, passou pelo Paraná e fixou residência em Tangará da Serra. É um dos pioneiros da cidade. Sua história é rica e inspiradora.
O casal Ireno e Terezinha tem três filhos, sendo os médicos Rodineia e Rogério Maciel Dutra e a farmacêutica Rosimere.
Na semana passada, o empresário Ireno Maciel Dutra foi homenageado com o título de cidadão mato-grossense. O reconhecimento foi uma iniciativa do deputado estadual Saturnino Masson (PSDB). A família Dutra compareceu em peso no plenário do parlamento estadual para prestigiar e aplaudir esse momento singular na vida deste pioneiro que muito fez por Tangará da Serra.