Edésio Adorno
Cuiabá
O senador Carlos Fávaro (PSD) sabe exatamente qual é seu papel no Congresso Nacional. É da base do governo de Jair Bolsonaro, mas não abre mão de sua responsabilidade enquanto representante do estado na Câmara Alta.
Nas palavras do governador Mauro Mendes, Mato Grosso deixou de ser o patinho feio para se tornar o príncipe entre as unidades da federação. Esse príncipe, no entanto, precisa expandir seus negócios, exportar sua produção, gerar divisas e riquezas. O problema é que falta logística ou, simplesmente, rodovias, ferrovias e hidrovias.
Preocupado com a eliminação desse gargalo, que atravanca o desenvolvimento do estado, o senador Carlos Fávaro declarou à imprensa, na tarde de ontem, durante evento no Paiaguás, que o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) precisa descer do palanque, fazer menos política e imprimir celeridade nas obras de infraestrutura em MT.
Fávero criticou que a BR-158 nunca esteve tão abandonada como nos últimos 20 anos. Ele cobra a revisão da concessão da BR-163 a Rota Oeste, pede a retomada das obras da BR-174 e aponta como imprescindível para o baixo Araguaia e o noroeste de MT a conclusão das obras de arte de pavimentação asfáltica da BR-242.
Para se ter uma ideia da importância econômica da BR-242 para Mato Grosso, basta dizer que ela liga São Félix do Araguaia a Bahia, passando por Tocantins. Os benefícios se estenderão a Alto Boa Vista, Porto Alegre do Norte, Confresa, Vila Rica e Redenção, no Pará, pela deteriorada BR-158.
Não apenas isso, essa artéria federal favorece o desenvolvimento de Querência, Nova Ubiratã e Sorriso, Ipiranga Do Norte, Itanhangá, Brianorte, Nova Maringá, Brasnorte, Campos Novo do Parecis e Juína. A BR-242 também garante acesso a Cuiabá e ao Nortão de Mato Grosso.
Para reforçar cobranças a Tarcísio de Freitas, Fávaro lembrou que há dois anos o governo de Mato Grosso estava engessado, com folha atrasada, credores sem receber e a máquina quase paralisada. Nesse intervalo de tempo, segundo ele, Mauro Mendes reequilibrou as finanças e hoje lança o maior programa de obras da história recente do estado. Serão investidos R$ 606 milhões em 775 km de asfalto e na construção de 40 pontes. Enquanto isso, o governo federal deixa de lado ou mantém apenas no discurso as obras de logistica fundamentais para o estado.