Edésio Adorno
Tangará da Serra
Vereadores independentes da Câmara de Cuiabá – aqueles que não usam coleira, focinheira e nem tem o rabo preso com a gestão – articulam a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos emergências celebrados pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) durante a pandemia do novo coronavírus.
Já batizada de “CPI do Covidão”, a medida é defendida pelos vereadores Tenente-Coronel Paccola (Cidadania), Michelly Alencar (DEM), Edna Sampaio (PT), Dilemário Alencar (Pode), Diego Guimarães (Cidadania).
Já a base de bajulação do chefe do executivo no parlamento estaria ‘analisando o requerimento’. Claro, aguarda orientação de Pinheiro!
Em um grupo de WhatsApp, Paccola afirmou que a propositura na Câmara de Cuiabá é anterior a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou Rodrigo Pacheco (presidente do senado) instalar instaurar uma CPI para investigar ações e omissões do governo federal no enfrentamento a pandemia da covid-19.
O vereador Paccola escreveu esperar que seus colegas que estão “analisando” o requerimento de abertura de uma CPI na Câmara “possam fazer valer a responsabilidade de exercer as fiscalizações e investigações” necessárias para esclarecer todas as dúvidas e apurar eventual responsabilidade por algum ato ilícito.
Paccola teme, no entanto, “sem fazer exercício de premonição”, conforme grifou, que a base do prefeito proponha a mesma CPI para assumir o controle sobre a presidência, relatoria e indicar a maioria dos membros.