Da Redação
Blog Edição MT
No final da tarde desta quinta-feira, a sala de reunião do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis ficou pequena para abrigar o volume de lideranças do campo e da cidade que compareceram para ouvir o candidato a deputado estadual Reck Junior (PSD) contar sua história de vida, envolvimento com a cidade e as propostas que defendem para ajudar acelerar o desenvolvimento econômico e social da região.
Reck lembrou que sua família chegou a Campo Novo em 1.976 e enfrentou todos os desafios e obstáculos comuns à epoca. Tempos depois, seus pais mudaram para Tangará da Serra, onde abriram uma empresa que comercializava peças para máquinas agrícols. "Eu ajudava nas entregas e fazia as cobranças em cima de uma bicileta cargueira", recordou, destacando que após algum tempo retornou para a fazenda para ajudar cuidar da propriedade. "Trabalhava de dia e a noite estudava em Campo Novo. Foi aqui que cursei o ensino médio", lembrou.
Em tom de brincadeira, Reck afirmou que se considera filho de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis. "Minha vida sempre foi dividida entre essas duas cidades. Quem conhece minha história, minha trajetória de vida sabe disso", frisou.
Política
Falando para um publico ligado ao campo, Junior lembrou que sua aptidão para a política - inicialmente, de classe - surgiu durante as grandes manifestações que os produtores rurais realizaram em 2006, durante a maior crise que o setor rural já enfrentou.
"Eu era apenas um garoto, ainda bem jovem, mas acompanhei de perto a elaboração da chamada Carta do Ipiranga ao Governo Federal, na qual o setor cobrava redução no preço dos insumos, dos combustíveis e exigia resposta para uma ampla pauta de reivindicação. Estradas foram fechadas, bloqueios foram motados e esse movimento atingiu seus objetivos, ao menos em boa parte", destacou.
Depois disso, Reck lembra que foi convidado para compor a diretoria da Aprosoja, que naquele momento surgia com muita força no campo e era o principal instrumento dos produtores de soja e milho. Em seguida, foi eleito presidente do Sindicato Rural de Tangará da Serra, onde permaneceu por mais de seis anos. "Foi um aprendizado rico e importante em minha vida", emendou.
Deputado estadual
Reck explicou que a disposição de lutar uma cadeira na Assembleia Legislativa ganhou força graças aos estímulo do setor rural e de lideranças políticas e empresariais de Tangará da Serra e de Campo Novo. Segundo ele, a região é conhecida por seu potencial na produção de alimentos, de riqueza e na geração de impostos para sustentar a máquina pública.
"Não basta produzir 70% do algodão de Mato Grosso, bater recordes na produção de soja e milho, se essa riqueza não agrega valor por meio da industrilização. Precisamos verticalizar nossa economia. Para isso, entendo como fundamental atrair industria de transformação e, desta forma, ampliar nossa matriz econômica, o que possibilita a atração de mais empresas e a geração dos empregos que nossa população precisa", afirmou.
Recke ponderou ainda que a região é rica do ponto de vista econômico, mas tem problemas sociais que demandam atenção e investimento por parte da administração pública. "Para fazer face a essas demandas precisamos de representação pró-ativa na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado da República. É inconcebível que nossa região não tenha sequer um secretário-adjunto no Governo do Estado e nenhum deputado capaz de encaminhar nossos pleitos. É nesse vazio de representação que precisamos nos mobilizar e eleger um representante regional", explicou o candidato.
"Tangará da Serra, Campo Novo e os demais municipios vizinhos não precisam andar com pires nas mãos a mendigar emendas de deputados de outras regiões. Somos capazes de acelerar nosso desenvolvimento e ocupar os espaços de poder por nós mesmos", alertou
Lula X Bolsonaro
Na conclusão de sua fala, Reck Junior relatou que possui uma experiência traumática com o chamado socialismo.
"Eu e alguns amigos fomos plantar soja na Venezuela, mas devido a insegurança jurídica, o prejuízo foi inevitável. Meus amigos voltaram desiludidos. Eu ainda pude fazer três colheitas, mas também tive que retornar. O medo e a insegurança eram uma constante. Então, precisamos ficar alerta quanto a possibilidade da volta da esquerda, se isso acontecer o setor rural pode enfrentar nova e grave crise. Haverá problemas no campo", alertou Reck, deixando claro que sua opção pessoal é pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro, que em sua visão, tem compromisso com o produtor rual.
Sueli 18/08/2022
???????????? excelente matéria
1 comentários