A Operação Sinal Vermelho, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na manhã desta quarta-feira, que teve seu ápice na deposição de Antenor Figueiredo do cargo de secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, evidencia com a clareza do sol cuiabano que os problemas, escândalos e barafundas que emergem da claudicante gestão do prefeito Emanuel Pinheiro não surgiram e nem terminaram com o afastamento por ordem judicial de cinco membros graduados de seu staff.
Antes de Figueiredo, o tira entulho do judiciário já havia caçambado Huark Douglas (Saúde), Alex Vieira (Educação), Marcus Brito (PGM) e Luiz Antônio Possas de Carvalho (Saúde).
A remoção desses ilustres cidadãos dos cargos estratégicos que ocupavam na prefeitura de Cuiabá não impediu o pipocar de novos casos de suposta corrupção. Conclui-se, por obviedade ululante, que o descalabro da gestão Pinheiro pode até ser potencializado por algum colaborador mão ligeira, mas o epicentro da coisa está localizado no 7º andar do Alencastro.
Afastar secretários cumpridores de ordens e preservar o chefe é enxugar gelo. Não faz sentido combater efeitos sem atacar a causa. E a causa dos escândalos que sacodem o governo Emanuel Pinheiro é o próprio Emanuel Pinheiro.
Disso todo mundo está careca de saber, apenas os órgãos de controle externo ainda não perceberam essa verdade.