Nos bastidores da política, a candidatura a reeleição do governador Mauro Mendes (UB) é tida como favas contadas. Isso, no entanto, não tranquiliza a base aliada e nem ameniza a angustia da oposição. Por razões óbvias, o chefe do Executivo evita antecipar o debate eleitoral.
Forçar Mendes a declarar publicamente que vai à reeleição é apenas parte do jogo.
O que incomoda geral é a indefinição de MM na escolha do candidato ao senado que terá seu apoio amplo, geral e irrestrito.
Pesos pesados do agro, leia-se Blairo e Eraí Maggi, já colocaram a faca na garganta do governador e exigem respaldo a senatória de Neri Gueller (PP). O MDB, de Bezerra e o PSD, do senador Fávaro, também forçam a barra em defesa da candidatura do pepista.
Otaviano Pivetta pode continuar como vice de Mauro em sua reeleição, mas também já sinalizou disposição de peitar uma candidatura ao senado. Ele, inclusive, estaria sendo estimulado pelo amigo empresário Luciano Hang.
Oxigenado pela filiação de Bolsonaro ao PL, o dono da franquia do partido em MT, senador Wellington Fagundes já disse reiteradas vezes que seu projeto é a reeleição, desde que tenha o apoio de Mendes, caso contrário, segundo disse sua nora, a deputada Janaína Riva, deve aquiescer aos pedidos do capitão e entrar na peleia pelo governo do estado.
Os irmãos Jayme e Júlio Campos, que são filiados ao UB de Mendes, já apregoaram no condado de Várzea Grande e redondeza que não abrem mão de Fagundes à reeleição nem que Zelensky e Putin celebrem a paz e derrubem o preço dos combustiveis.
Fagundes candidato ao governo abre espaço para Zé Medeiros tentar seu retorno ao senado.
Pitaqueiros mais antenados profetizam que uma eventual candidatura de WF ao governo leva a disputa ao Paiaguás para o 2º turno.
Pelo visto, Mendes precisa encontrar uma "solucionática para a problemática" configurada pelo conflito de interesses da base aliada e até da oposição. Coisas da política!