Júlio Campos é um dos políticos mais experientes de Mato Grosso. Ele já foi de tudo em seus quase 50 anos de vida pública. Prefeito de Várzea Grande, deputado federal, senador, governador, conselheiro do TCE-MT e por último ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa. Julinho, como é tratado pelos mais íntimos, sempre que pode repete a frase "mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda".
O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson, que é filiado ao União Brasil, mesmo partido de Campos, desconhece essa frase e seu real significado, tanto que formou a executiva da agremiação e deixou de fora o ex-deputado Wagner Ramos.
No meio político, a atitude do chefe do Executivo foi avaliada como sendo um gesto de ingratidão para com Ramos.
No calor da disputa eleitoral de 2022, Wagner teria feito de tudo para convencer Masson a se filiar ao partido do governador Mauro Mendes.
Os esforços pelo visto deram resultado, inclusive e principalmente na celebração de convênios e parcerias com o governo do estado.
Deixar Wagner Ramos fora da executiva do UB significa jogá-lo no colo da oposição, com um agravante: Ramos foi candidato a deputado federal e obteve a maior votação de Tangará da Serra. Ele recebeu mais de 9 mil votos. Manter longe um adversário com esse potencial eleitoral não é uma atitude inteligente. Olhando por esse prisma, Vander deu um tiro no próprio umbigo.
