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BISTURI / CHANTAGEM E PRESSÃO

Empresa investigada exige R$ 3,4 milhões de Tangará sem prestação de contas

Investigada por fraudes, empresa exige R$ 3,4 milhões sob risco de suspender UTI em Tangará da Serra

Da Redação
A Bronca Popular



A Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI), velha conhecida do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), volta ao centro de uma nova polêmica.

Agora, a empresa tenta chantagear a Prefeitura de Tangará da Serra ao ameaçar interromper os serviços de UTI no Hospital Municipal Arlete Dayse Cichetti de Brito, caso não receba R$ 3,4 milhões até a próxima sexta-feira (07/02).

No entanto, a própria OGTI é a responsável pelo atraso nos pagamentos, já que negligenciou a prestação de contas e a entrega dos documentos exigidos para a liberação dos recursos.

A relação da OGTI com investigações e suspeitas de irregularidades não é recente.

Em 14 de fevereiro de 2023, o site Bronca Popular já havia publicado uma reportagem detalhando a participação da empresa em diversos escândalos.

Segundo a matéria, a OGTI integra um verdadeiro cartel de empresas consorciadas que monopolizam a prestação de serviços médicos e a gestão de UTIs em Mato Grosso, utilizando-se de fraudes em licitações estaduais e municipais.

A empresa foi alvo de operações da PF e do MPF e teve contratos questionados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Dois contratos firmados com a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, no valor de R$ 7 milhões, foram enviados à CPI da Covid-19 no Senado por suspeitas de desvio de recursos federais destinados ao combate da pandemia.

Os contratos eram referentes ao gerenciamento de leitos de UTI no Hospital Regional de Sinop.

Além disso, a OGTI também foi contratada para gerenciar a UTI Pediátrica e Neonatal do Hospital Regional de Colíder, elevando o montante sob investigação para R$ 10 milhões.

Agora, em Tangará da Serra, a empresa venceu o Pregão Eletrônico 001/2023 para a administração de 10 leitos de UTI Adulto Tipo II, incluindo dois leitos de isolamento.

Curiosamente, uma empresa com um histórico repleto de suspeitas, que já demonstrou desrespeito às normas e regulamentos, agora tenta pressionar a gestão municipal com uma ameaça direta de paralisação dos atendimentos, desconsiderando que a própria negligência na entrega da documentação necessária impede a liberação do pagamento.

A Prefeitura de Tangará da Serra, por sua vez, já deixou claro que não cederá à chantagem, garantindo que os pagamentos serão realizados apenas dentro dos critérios técnicos e legais exigidos por lei.

 

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