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BISTURI Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2023, 23:31 - A | A

28 de Fevereiro de 2023, 23h:31 - A | A

BISTURI / CAMPO NOVO

Brolio espera virar prefeito guinchado pela federal Amália Barros



O produtor rural e vice-prefeito de Campo Novo do Parecis, Toninho Brolio (Republicanos), disputou sem um sucesso no pleito de 2022 uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Brolio não precisou enfrentar adversário de peso na cidade e teve o apoio exclusívo da então candidata a deputada federal Amália Barros (PL), que era a representação da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro no estado.

Apesar dessa situação amplamente favorável, ele teve apenas 6.493 votos.

A realidade do pleito de 2024 será outra, bem diferente e obviamente adversa.

Amália Barros já vai estar no segundo ano de seu mandato na Câmara Federal sem ter conseguido viabilizar recursos expressívos para custear obras e serviços que tenham algum efeito prático na melhoria das condições da vida da população, em especial dos moradores dos bairros periféricos.

O desgaste é o consectário natural do exercício de cargo político.

Amália deve integrar a base dura de oposição ao presidente Lula, até porque é uma pessoa absolutamente leal a Michelle Bolsonaro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Não terá acesso e nem dialogo com orgãos e ministérios do Governo Federal para articular recursos para os 141 municipios, nos quais foi votada e muito menos para Campo Novo, Tangará da Serra e o Noroeste. Além disso, ela não tem discurso, tarimba oratória e nem é populista para se manter em alta na base do oba-oba como fazem alguns espertalhões da direita.

Se Toninho conta apenas com Amália para guinchá-lo à prefeitura, é melhor tirar o pé do chão.

Na eleição de 2020, Rafael Machado foi reeleito com 6.395 votos; seu principal adversário, Pim conquistou 5.902 votos e Clovis de Paula abocanhou 4.090 sufrágios.

Por vedação legal, Machado não pode buscar outro mandato, mas seu peso político é inquestionável; um peso que decorre da gestão bem avaliada que realiza. Quem ele vai apoiar ainda não se sabe, a unica certeza é que não vai adotar posição de neutralidade.

Pim também está no páreo e em plena campanha, principalmente nos bairros mais carentes, região que Brolio não conhece.

Outro detalhe: sem campanha, sem carreata, sem churrasco e sem financiar viagens de militantes a manifestações a Brasilia, Lula teve em Campo Novo 6.180 votos, praticamente a metade da votação de Bolsonaro (12.526), que teve o voto e a ajuda financeira dos donos do PIB da cidade.

Se o petista fizer um governo mediano, mas que gere impacto na vida das pessoas mais pobres, essa votação aumenta e sua influência política será disputada a tapa até por antigos bolsonaristas.

Com base nessa leitura de obviedade ululante, a única candidatura a prefeito de Campo Novo que pode virar mera miragem é a de Toninho Brolio.

Pesquisas internas mostram que é alta a aprovação popular a gestão Machado.

Alicerçados nos números dessas amostragens, dirigentes partidário de Mato Grosso apostam que dificilmente alguém consiga sentar na cadeira de Machado sem combinar com ele próprio. 

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