EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Ronaldo Quintão (PSL) decidiu nem tocar no assunto da denúncia de que teria feito uso ilegal de uma caminhoneta da Câmara Municipal para levar ração para seu sítio, na zona rural da cidade. O silêncio é estranho especialmente porque Quintão é reconhecido por seus colegas vereadores pelo peso das palavras que costumeiramente usa na tribuna da casa.
Quintão foi duro, por exemplo, quando criticado por servidores públicos quando votava a favor dos projetos que pretendiam tirar direito dos servidores. Na época, falava abertamente que sua posição era de “isenção”. Foi duro, por exemplo, quando criticado por ter votado a favor da implantação da Zona Azul, defendendo que seu voto era de “independência”. Foi duro, quando criticou os autores do pedido de impeachment do seu amigo, prefeito Fábio Junqueira (MDB).
Mas toda a potência de seu discurso desapareceu agora justo no caso em que é ele próprio acusado de improbidade administrativa por ter usado um carro público para fins particulares. No mínimo estranho!
Também soa estranho o silêncio sepulcral do PSL de Tangará da Serra e do Diretorio Regional do Partido. "Não creio que haverá cumplicidade ou acobertamento dessa grave denúncia", observou, envergonhado, um pré-candidato a vereador do Partido. Os membros da Mesa Diretora da Câmara também não se manifestaram sobre o caso.
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