Da Redação
A Bronca Popular
A demissão do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Correa Mendes, ocorre em um momento de extrema tensão na segurança pública de Mato Grosso.
Um dia antes do lançamento do programa "Tolerância Zero ao Crime", o governador Mauro Mendes deu um recado claro: sua paciência com os resultados insuficientes no combate às facções criminosas se esgotou.
A decisão, embora polêmica, reflete o peso da responsabilidade de liderar em um estado assolado pelo crime organizado.
Segundo relatos, a reunião que selou a saída do coronel foi tensa.
A postura nas redes sociais, supostamente usada para autopromoção, e a falta de estratégias eficazes para enfrentar as facções foram pontos determinantes para a degola do militar.
Além disso, Mendes enfrenta cobranças de um eleitorado que espera respostas firmes contra o avanço do crime.
Com aspirações ao Senado em 2026, o governador sabe que segurança pública será uma de suas principais bandeiras, e precisava de um gesto forte para mostrar comprometimento.
O programa "Tolerância Zero" surge como a promessa de um novo capítulo na segurança pública do estado.
Sob a liderança do coronel Cláudio Tinoco, o desafio será implementar ações concretas que vão além do discurso.
Operações integradas e estratégias inovadoras precisam não apenas combater o crime, mas restaurar a confiança da população em suas instituições.
No entanto, a crise expõe problemas mais profundos. O próprio coronel Mendes, em sua carta de despedida, criticou a legislação penal brasileira, alegando que ela favorece a impunidade. A fala reflete um dilema nacional: a polícia prende, mas a justiça solta.
A substituição no comando da PM foi bem recebida por muitos, mas o verdadeiro teste será medir os resultados do novo programa.
Mais do que mudanças de lideranças, o momento exige estratégias sustentáveis e um compromisso real com a segurança pública.
O governador Mauro Mendes jogou uma carta alta; agora, resta saber se o novo comando será capaz de corresponder às expectativas e reverter o cenário de medo que toma conta do estado.