Edésio Adorno
Tangará da Serra
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, acatou os argumentos da defesa do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, que foi preso e afastado de suas funções na manhã desta terça-feira, sob a acusação de liderar uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 52 milhões dos cofres públicos.
Na decisão liminar, com sabor de panetone e aparência de presente de natal, o togado substituiu a prisão preventiva de Crivella pela prisão em regime domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Para simular respeito a decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que decretou a prisão do larápio e parte de seu bando, Humberto Martins impos restrições inocuas ao prefeito defenestrado: está proibido de manter contato com terceiros, terá que entregar seus telefones, computadores e tablets às autoridades, está proibido de sair de casa sem autorização e proibido de usar telefones. Pura enganação!
Logo pela manhã, uma pergunta circulou nas redes sociais: Crivella passaria o Natal atrás das grades? Venceu quem apostou na impunidade e na leniência de magistrados amigos para com o prefeito protegido por poderosas figuras da República e da igreja de Edir Macedo.