EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) continua ladeira abaixo. O chefe da autarquia, general João Carlos Jesus Corrêa, acaba de bater os cascos e prestar continência para mais um notório esquerdista. O privilegiado da vez é o engenheiro agrônomo José Dumont Teixeira.
No governo Michel Temer, Dumont foi superintendente interino da Subsecretaria Extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal. Quando Jair Bolsonaro assumiu o governo, o esquerdista ocupava a chefia da coordenadoria geral de regularização fundiária na Amazônia Legal, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar do Desenvolvimento Agrário. Dumont perdeu o cargo por determinação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina. A exoneração de José Dumont foi publicada no Diário Oficial da União em 09 de janeiro de 2019.
Pois é, o esquerdista perdeu o cargo, mas não perdeu a influência política. Sabe lá porque razão, foi agraciado pelo presidente do Incra, general Jesus Corrêa, com o cargo em comissão de assistente técnico da Coordenação Geral de Regularização Fundiária, da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra. A nomeação dele foi publicada no Diário Oficial da União, na edição de 09 de setembro, por meio da Portaria Nº 1.994.
Antes de assumir a chefia do Incra, o general Jesus Corrêa prometia acabar com a farra do MST e priorizar a regularização fundiária.
Resumo trágico da ópera: enquanto os assentados da Reforma Agrária continuam abandonados e entregues à própria sorte em suas “favelas rurais”, conforme disse Bolsonaro, sem ao menos ter acesso ao Título de Domínio (TD), o superintendente da autarquia em Mato Grosso, Ivanildo Teixeira, continua como peru embriagado. Gira em círculo e não sai do lugar.
O deputado federal Nelson Barbudo (PSL), que defendia a despetização da República, assiste impotente e, as vezes, silente, o avanço da esquerda sobre o Incra, com a ocupação de cargos estratégicos. O general Jesus Corrêa é de fato um militar melancia. Já pode restabelecer o diálogo com o MST.