Da Redação
A Bronca Popular
O investimento maciço do governo federal em publicidade na mídia corporativa, principalmente na Rede Globo e programas como o Jornal Nacional, está correlacionado com a queda de popularidade do presidente Lula, conforme indicam pesquisas recentes.
Este padrão reflete a política de Comunicação Social similar ao governo Dilma Rousseff, caracterizando-se pela falta de uma condução assertiva da Secretaria de Comunicação Social (Secom) para transmitir a mensagem do presidente à maioria dos eleitores brasileiros.
Pesquisas revelam que à medida que a publicidade estatal aumenta na mídia conservadora, a confiança do eleitorado no presidente declina.
A ênfase na Globo, notavelmente no Jornal Nacional, tem sido notável, com investimentos expressivos de pelo menos R$ 24 milhões.
Esse fenômeno se estende também a outros programas, como o Fantástico e o Jornal da Record, refletindo uma estratégia que parece não estar gerando os resultados desejados.
Além dos veículos tradicionais, uma parte significativa da verba pública destinada pela Secom é direcionada para plataformas de redes sociais estrangeiras.
No entanto, a polarização política no país continua intensa, com a esquerda mantendo uma maioria no Nordeste, enquanto a direita é mais forte no Sudeste e no Sul.
A falta de uma estratégia eficaz do governo para enfrentar essa polarização e apresentar um projeto de Nação capaz de melhorar a vida da população contribui para a continuidade do problema.
Embora a comunicação seja uma parte crucial, não se pode atribuir toda a responsabilidade pela queda na aprovação do governo a essa área.
É necessário um enfoque mais amplo, incluindo a condução da agenda pública e a implementação de políticas que efetivamente atendam às demandas da sociedade.
A atual dinâmica política exige uma abordagem mais enérgica e estratégica por parte do governo para lidar com os desafios enfrentados e reconquistar a confiança do eleitorado.
