É uma expressão esquisita. Ela nomeia candidatos ao sofrimento provocado por moléstia cruel que resolveu habitar os espaços ocupados pelos humanos.
A Covid 19 avassala o mundo, na proporção exata da pandemia de 1918. Cento e dois anos se passaram e a experiência do passado parece não ter contaminado os céticos, fetichistas, curandeiros e curiosos.
As baforadas de pajés primitivos foram encaradas como sintoma de que onde tem fumaça, tem cura. Assim, a civilização recuou no tempo e muitos humanos embarcaram na abóbora mágica oferecida por líderes políticos, para uma viagem sem volta.
O dizer que o Rei nunca erra, sumiu do mapa da cartografia medieval. E é bom não aceitar conselhos para sorver chás, cheirar fumaças, mergulhar em cloroquinas, perseguir helmintos e tentar bombardear protozoários.
O Presidente do Brasil está doente, acamado. Todos os seus eleitores, fanáticos admiradores e complacentes democráticos torcem em vigília cívica pela sua imediata recuperação. A ética se abraça a universalidade de sentimentos civilizados, para rejeitar quaisquer manifestações de tipo grosseiras e fora das linhas do respeito e solidariedade.
As lições sobre a vida e a morte não devem ser menosprezadas. Não existe topete eterno, muito menos irascíveis que não se arrependem.
José Marcos Lapenda é jornalista, escritor, cronista, literato e analistas político. Atuou no jornalismo de Mato Grosso por vários anos. Atualmente mora em Recife/PE.