Da Redação
A Bronca Popular
A decisão judicial que reprovou as contas de campanha de Abilio Brunini e sua vice, coronel Vânia Rosa, revelou um cenário de gastos desordenados e irregularidades que mancham a administração dos recursos públicos.
Com R$ 2,8 milhões a serem devolvidos, Abilio busca mobilizar a militância e amigos para arcar com a conta das falhas de sua equipe.
O juiz eleitoral Alex Nunes apontou problemas como gastos eleitorais antes da prestação parcial de contas, cancelamento de notas fiscais sem explicações e pagamentos duvidosos, incluindo a contratação de cabo eleitoral de outro município.
Tudo isso, somado a despesas de publicidade incompatíveis com a legislação, soma 26,94% dos valores investidos.
Em vez de admitir erros e buscar soluções internas, o prefeito eleito anunciou que recorrerá, mas, caso não haja reversão, recorrerá ao bolso dos apoiadores. Essa postura levanta questionamentos: por que a conta dos equívocos deve ser transferida à população que já contribuiu com seus votos e confiança?
Embora a defesa insista que os gastos foram compatíveis com o mercado, a Justiça foi clara nas irregularidades.
O caso expõe não apenas a fragilidade na gestão de recursos, mas também um desprezo pela transparência esperada de quem assume um cargo público.
Afinal, se "vaquinha" for a solução, que fique claro: não é para fortalecer a causa, mas para consertar os próprios erros.