Da Redação
A Bronca Popular
Na 23ª Sessão Ordinária de 11 de julho de 2023, a Câmara de Vereadores de Tangará da Serra aprovou o Projeto de Lei nº 150/2023, que concedeu à Associação das Diversidades Intelectuais de Tangará da Serra (ADIN) o título de utilidade pública.
Contudo, a associação, que prestava serviços de apoio a pessoas com diversidades intelectuais, como TEA e TDAH, foi alvo da Operação Neurodiverge, deflagrada nesta quarta-feira (26), após denúncias de corrupção.
A operação, liderada pela Polícia Civil, revelou que a ADIN estava sendo gerida por uma organização criminosa que teria se apropriado de recursos públicos provenientes de convênios com a prefeitura e emendas parlamentares.
Rui Alberto Wolfart, presidente da ADIN, foi preso sob suspeita de envolvimento no esquema de desvio de verbas e falsificação de documentos.
O vereador Fábio Brito, amigo pessoal de Rui Wolfart, foi um dos responsáveis pela articulação da declaração de utilidade pública da ADIN. Sua atuação foi fundamental para que a entidade recebesse o título, que garante isenção de contribuições e acesso a recursos públicos.
Vale destacar que o vereador não é objeto de investigação
O delegado Gustavo Espindula informou que a investigação teve início em outubro de 2024, após denúncia anônima.
Em 2023, a associação recebeu cerca de R$ 2 milhões da Prefeitura de Tangará da Serra. A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas e afastamento dos envolvidos. Outras três pessoas, incluindo o filho de Rui Alberto, também estão sendo investigadas.
O caso está gerando grande repercussão, especialmente devido ao trabalho que a associação realizava com crianças e familiares, oferecendo suporte a pessoas com diferentes condições. A defesa dos investigados e a associação não se manifestaram até o momento.