Da Redação
Um relatório bombástico da Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Mafiusi, revela o suposto envolvimento de Joselito Golin, conhecido como Paulo Golin, em um gigantesco esquema de tráfico internacional de drogas.
Considerado um dos maiores pecuaristas de Mato Grosso, ele teria uma influência no crime organizado superior à de Luiz Carlos da Rocha, o "Cabeça Branca", um dos traficantes mais temidos da América do Sul, preso em 2017.
A delatação foi feita pelo empresário Marco José de Oliveira, que afirmou que Golin lavava dinheiro através da Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo apóstolo Valdemiro Santiago.
De acordo com Oliveira, Golin e Willian Barile Agati, conhecido como o "concierge do crime", utilizavam a estrutura da igreja para "esquentar" dinheiro oriundo do tráfico.
O envolvimento de Golin com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e a máfia italiana 'Ndrangheta também foi apontado pela investigação da PF.
Segundo os agentes, ele estaria diretamente ligado ao esquema de transferência de aeronaves do apóstolo Valdemiro Santiago, que teria vendido seus aviões por valores abaixo do mercado para burlar o fisco.
A Operação Mafiusi revelou que os valores financeiros envolvidos nessas transações somam cerca de R$ 24 milhões. A investigação também identificou a utilização de empresas de fachada e contas bancárias de terceiros para movimentar quantias ilícitas, dificultando o rastreamento dos recursos.
Enquanto a defesa de Willian Barile Agati nega qualquer envolvimento com Golin ou com Valdemiro Santiago, o pecuarista mato-grossense ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. O espaço permanece aberto para manifestações. (Com conteúdo do Metrópoles/Fábio Serapião)
