Da Redação
A Bronca Popular
Mato Grosso não deu o grande salto por acaso. A transformação do estado periférico em um dos pilares da política de segurança alimentar mundial e a qualidade de vida em cidades novas que brotaram da noite para o dia voltam o olhar do Brasil para a Terra de Rondon. Reunir personagens que contribuíram e que contribuem para tanto foi o que fez o jornalista Eduardo Gomes, que acaba de escrever o livro “DNA do melhor lugar do mundo”.
Vultos extraordinários que o autor conheceu e conhece estão nas páginas de DNA. “Mato Grosso não é resultante dessa ou daquela ideologia, mas do trabalho coletivo. Por isso, a obra não tem matiz ideológica, social ou religiosa”, observa o autor.
Jornalista e escritor Eduardo Gomes: livro DNA do melhor lugar do mundo é onde Mato Grosso se encontra chega em maio aos leitores
Por ordem alfabética, dentre outros, o livro aborda o padre Ezequiel Ramin, que defendia posseiros em Rondolândia e foi assassinado; o missionário Vicente Cañas, que lutava pela etnia Enauenê/nawê, em Juína, e que foi vítima de uma tocaia; os empresários Olacyr de Moraes e Blairo Maggi; o monsenhor Celso Duca, fundador da Coopnoroeste; o padre João Henning que fundou a Comajul e o Sicredi; os jogadores de futebol Rogério Ceni (campeão estadual pelo Sinop), Gilson Lira e Bife; a atleta da seleção de vôlei, Ana Tiemi; o louco sobre duas rodas, Joaninha; os colonizadores Guilherme Meyer (Porto dos Gaúchos), Ênio Pipino (Sinop, Cláudia, Vera e Santa Carmem), Claudino Francio (Sorriso), André Maggi (Sapezal), Zé Paraná (Juara e Tabaporã), Norberto Schwantes (Canarana, Querência, Água Boa, Terra Nova do Norte e Nova Guarita), Ariosto da Riva (Alta Floresta, Paranaíta e Apiacás) e Otávio Eckert (Campo Verde).
Figuras emblemáticas mato-grossenses estão na obra, a exemplo da corredora Jorilda Sabino; o humorista e ator Liu Arruda; Lázaro Papazian, o armênio mais cuiabano do mundo; o cantor Pescuma, a cantora Vanessa da Mata e a musa Bruna Viola.
Grande figuras públicas são focalizadas por seus feitos: Roberto Campos, Frederico Campos, Dante de Oliveira, Valdon Varjão, Walter Ulysséa, Moisés Martins, Rômulo Vandoni.
Falar em Mato Grosso sem citar o agronegócio é permanecer em silêncio – entende o autor.
Por essa razão, as páginas do livro abordam Adão Riograndino Mariano Salles, o primeiro produtor de soja em Mato Grosso; o pesquisador da Fundação MT, Dario Hiromoto; Zeca D’Ávila, que idealizou e liderou a construção do parque de exposições da Exposul; o agrônomo Hortêncio Paro, que é referência regional; Maurício Tonhá, que projetou a nossa pecuária nacionalmente com seu Megaleilão de Água Boa; Munefumi Matsubara, o pioneiro da soja abaixo do Paralelo 13; e Rui Prado, o ruralista que deu ares de modernidade ao Sistema Famato.
Quem nunca ouviu falar sobre a Irmã Adelis não conhece Mato Grosso; o livro tira sua memória da oralidade levando-a para a perpetuação gráfica. E sobre o trabalho do Padre Lothar Bauchrowicz e da Irmã Luiza? Pois é, ambos estão na obra de Eduardo Gomes.
O livro passeia por personagens que realizaram proezas. Narra a aventura da comandante Dagmar Parini voando à noite sem instrumento e pousado em pistas sem iluminação no Pantanal. Revela a origem do apelido Baú, que foi prefeito de São Félix do Araguaia. Entra pelos meandros da política em Poxoréu, onde Lindberg Ribeiro Nunes Rocha foi cacique. Abre espaço ao cacique João Garimpeiro, ao coronel José Meirelles, ao lendário coronel Adib e a João Carlos Meirelles.
Ler a obra de Eduardo Gomes é passear pela memória recente de Mato Grosso mostrada com um texto leve e gostoso. A obra, de bom acabamento, não conta com apoio das leis de incentivos culturais.
O livro chega em maio aos leitores. Interessados em comprar exemplares antecipadamente podem fazê-lo pelo WhatsApp 65.99982-1191
