Da Redação
Catraca Livre
Um estudo recente publicado no The Lancet Healthy Longevity revelou que a prática regular de exercícios físicos moderados a intensos pode retardar o acúmulo da proteína p-tau181, associada ao desenvolvimento do Alzheimer. A pesquisa analisou a relação entre atividade física, níveis dessa proteína e cognição em idosos.
O que é a proteína p-tau181 e por que ela é importante?
As proteínas tau são fundamentais para o funcionamento dos neurônios, ajudando a estabilizar sua estrutura. No entanto, quando a proteína p-tau181 se acumula de forma anormal no cérebro, pode levar à deterioração cognitiva, um dos principais sinais do Alzheimer.
O estudo e seus principais achados
Pesquisadores analisaram dados de 1.679 idosos sem demência, acompanhados ao longo de três anos. Eles foram divididos em quatro grupos, recebendo diferentes intervenções, como suplementos de ômega-3 e treinamentos cognitivos. A atividade física foi monitorada por questionários e a cognição avaliada por testes específicos.
Os resultados mostraram que idosos inativos tiveram um acúmulo mais rápido da proteína p-tau181 ao longo do tempo, enquanto aqueles que praticavam atividade física moderada a intensa apresentaram um aumento mais lento dessa proteína. No entanto, o efeito benéfico do exercício sobre a cognição foi reduzido em pessoas que já possuíam níveis muito elevados de p-tau181.
O que isso significa na prática?
- Exercícios físicos podem ajudar a retardar processos cerebrais ligados ao Alzheimer.
- O impacto positivo é mais evidente em pessoas com baixos níveis da proteína p-tau181.
- O benefício do exercício diminui quando o acúmulo dessa proteína já está muito alto.
Limitações e próximos passos
O estudo utilizou questionários para avaliar a atividade física, o que pode gerar imprecisões. Além disso, a influência do tempo sedentário e de atividades leves não foi analisada. Pesquisas futuras devem investigar com mais detalhes quais exercícios são mais eficazes na prevenção do Alzheimer.