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COLUNISTAS Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024, 10:26 - A | A

03 de Dezembro de 2024, 10h:26 - A | A

COLUNISTAS / SAÚDE DOS OLHOS

Blefarite: inflamação nas pálpebras pode evoluir e exigir tratamento especializado

Sintomas como inchaço, coceira e crostas nos cílios podem indicar a doença, que, se não tratada corretamente, pode levar a complicações como terçol e infecções oculares.

Da Redação



Vermelhidão, inchaço, coceira, irritação e a presença de uma crosta espessa. Estes são alguns dos principais sintomas da blefarite, uma inflamação nas bordas das pálpebras, que pode ser crônica ou aguda e afeta preferencialmente adultos com mais de 50 anos, embora não seja incomum em pessoas mais jovens. Embora a doença não seja contagiosa e não afeta diretamente a visão, a doença merece atenção redobrada uma vez que pode contribuir para outros problemas oculares, estes sim mais graves.

Médico oftalmologista, Bruno Procópio destaca que a busca por tratamento por pessoas que possuem blefarite é elevada em seu consultório. “Ela se apresenta como uma casca ao redor dos cílios e que, ao descamar, cai nos olhos e gera um incômodo muito grande, podendo gerar até mesmo um terçol, que pode demandar uma cirurgia para a remoção, o que já é mais complexo”.

Como uma inflamação, a blefarite pode ser causada por uma série de outros problemas, como dermatite seborreica, rosácea, alergias, ácaros de cílios e olho seco. “Apesar de parecer simples, ela pode ser persistente e exigir um tratamento bem direcionado, que vai desde cuidados com pomadas e shampoos específicos até medicamentos orais, dependendo da gravidade”, salienta o médico, que atende no Hospital Visão, em Cuiabá.

Em alguns casos, complementa Procópio, o tratamento pode até envolver a participação de um médico dermatologista. “Quando temos um caso de uma blefarite com alta intensidade, buscamos esta avaliação dermatológica, com a associação de cremes e pomadas ao tratamento”.

O oftalmologista lembra que por ter causas variadas é muito importante que o diagnóstico deve ser feito por um médico. “Se tratado de forma inadequada, ao invés de extinguir ou amenizar, o problema pode acabar evoluindo para algo ainda mais grave. O recomendado é sempre fazer a limpeza das pálpebras e, se perceber alguma alteração, procurar um médico”.

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