Da Redação
A última semana de janeiro trouxe sinais positivos no combate à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 no Brasil. No entanto, cinco estados da Região Norte – Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins – ainda apresentam tendência de aumento nos casos, conforme aponta o Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (6).
Enquanto isso, alguns estados do Nordeste, como Paraíba e Maranhão, que antes indicavam crescimento, agora mostram sinais de desaceleração. No período entre 1º de janeiro e 1º de fevereiro, foram registrados pelo menos 1.222 casos de SRAG causados pelo coronavírus. Desses, mais de 51% tiveram diagnóstico confirmado para Covid-19, sendo o rinovírus a segunda principal causa.
A SRAG tem sido mais frequente em idosos e crianças, com mortalidade mais elevada entre pacientes acima de 65 anos. No último mês, foram registradas 710 mortes por SRAG no Brasil, sendo que 292 foram associadas à Covid-19, representando quase 80% dos óbitos confirmados para algum vírus.
Apesar da tendência de queda no âmbito nacional, nove estados ainda apresentam crescimento no longo prazo, incluindo Alagoas, Goiás e Mato Grosso do Sul. O aumento de casos em crianças e adolescentes no Amazonas, Pará e Goiás levanta preocupações, mas especialistas alertam que ainda não há dados laboratoriais suficientes para identificar os principais vírus responsáveis.
A Fiocruz reforça a importância de medidas preventivas, como isolamento em caso de sintomas gripais, uso de máscaras quando necessário e atualização da vacinação contra a Covid-19, especialmente para idosos, imunocomprometidos e grupos vulneráveis.
