EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O PSDB vive a maior crise existencial desde sua fundação, em 1988, pelo governador Mário Covas. Amargou humilhante derrota eleitoral nas eleições do ano passado. Geraldo Alckmin, que disputou a presidência da República, saiu envergonhado das urnas. Teve uma votação pífia.
Em Mato Grosso, os tucanos sofreram excruciante refrega nas urnas. Zé Pedro Taques se ferrou e ajudou a afundar o partido na lama da abjeção popular. Dois representantes na Assembleia Legislativa – Wilson Santos e Carlos Avalone – é tudo o que o partido conseguiu conquistar.
Os erros estratégicos que redundaram em acachapante derrota eleitoral não foram corrigidos pelos tucanos de alta plumagem. Em Tangará da Serra, a direção do partido parece seguir a máxima atribuída ao folclórico “Massada”, que teria recomendado: “devemos aprender com os erros do passado como praticar novos erros no futuro”.
Com apenas 31 anos de existência, o PSDB se tornou uma agremiação velha, trôpega, cansada, inorgânica e sem vida. Não tem penetração nas comunidades e nem inserção nas redes sociais. Um deserto de ideias e de projetos.
Goiano tem atuação nos bairros; é ativo nas redes sociais e, acima de tudo, leal ao ex-deputado Saturnino Masson e ao seu filho, o empresário Vander Masson
Pior que isso, o PSDB não consegue segurar em seus quadros militantes que fazem ou faziam tremular a bandeira do partido. O pedido de desfiliação de Clesiomar Ferreira da Silva Santos, o Goiano, é emblemático e revelador.
Goiano tem atuação nos bairros; é ativo nas redes sociais e, acima de tudo, leal ao ex-deputado Saturnino Masson e ao seu filho, o empresário Vander Masson, nome em construção para disputar a prefeitura de Tangará da Serra em 2020.
“Estou deixando o PSDB por causa de alguns integrantes do partido”, observa Goiano. “Tenho apreço, respeito e muita gratidão pela família Masson. Jamais serei desleal; nunca vou negar isso”, acrescenta.
Devido a sua forte atuação nas mídias sociais e ao seu estilo rustico e resolvido, Goiano já foi considerado “um tanque de guerra político”. Uma de suas características é dizer o que pensa e não ter medo de se envolver em polêmica quando se trata de defender o partido ou os amigos Saturnino e Vander Masson.
Goiano ensaia uma candidatura a vereador. “Se meu nome for viável, serei candidato. Caso contrário, devo apoiar um amigo e contribuir com a eleição do futuro prefeito de nossa cidade”, afirmou