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POLÍTICA Quarta-feira, 20 de Novembro de 2019, 14:07 - A | A

20 de Novembro de 2019, 14h:07 - A | A

POLÍTICA / Fim da impunidade

Senadora de MT apresenta relatório de prisão em 2º instância com aval de Sergio Moro

Da Redação



A relatora da proposta que prevê a prisão em segunda instância, Juíza Selma, apresentou hoje (20), durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), parecer favorável ao projeto acolhendo um texto formulado por parlamentares com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.  

Para tornar mais rápida a aprovação da proposta, os senadores decidiram apoiar um projeto de lei que possui um processo de tramitação mais célere do que a PEC. Para isso, foi resgatado um projeto de lei apresentado pelo senador Lasier Martins (Pode-RS) em 2018.  

A proposta elaborada entre parlamentares e o ministro recupera o trecho do pacote anticrime que trata sobre a segunda instância e modifica três artigos do Código de Processo Penal. O texto estabelece, como regra, que o tribunal vai determinar a execução provisória da pena ao proferir a condenação.  

Pelo projeto, o tribunal de segunda instância poderá, “excepcionalmente”, deixar de autorizar a execução provisória da pena se houver “questão constitucional ou legal relevante, cuja resolução por Tribunal Superior possa levar à provável revisão da condenação”.  

“Assim, a execução da pena na pendência de recursos de natureza extraordinária não compromete o núcleo essencial do pressuposto da não culpabilidade, uma vez que o acusado é tratado como inocente no curso de todo o processo ordinário criminal, sendo observados os direitos e as garantias a ele inerentes e respeitas as regras probatórias e o modelo acusatório atual”, destacou a relatora.  

Com o pedido de vista requerido hoje por alguns parlamentares, será realizada uma audiência pública para tratar sobre o assunto na próxima terça-feira, 26/11.  Entre os convidados está o ministro da Justiça Sergio Moro. A votação está prevista para quarta-feira, 27/11, e, caso não tenha nenhum recurso, a proposta segue para a Câmara dos Deputados.    

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