EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Desde que assumiu seu mandato, em fevereiro do ano passado, o senador Jayme Campos (DEM-MT) vem fazendo duras críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro. Esta semana, ao lado de figuras como Randolfe Rodrigues (Rede), Ivan Valente e Marcelo Freixo, do PSOL, ele pediu a PGR que barre a indicação do presidente Bolsonaro para o comando da Polícia Federal.
Tão logo o senador mato-grossense tomou essa iniciativa, surgiram documentos do Serviço Nacional de Inteligência, da época dos Militares, apontando supostos crimes de Jayme Campos. A narrativa que surgiu logo após a divulgação, é de que estes documentos seriam na verdade algum tipo de retaliação do presidente ao senador. Mas a conta não fecha.
Os documentos contra o senador surgem no site Congresso em Foco. Um site que tem como articulistas algumas figuras interessantes: Toni Reis, do movimento LGBT, a deputada Érika kokai do PT, e o Leonardo Boff, fundador da Teologia da Libertação que é o braço da esquerda dentro da Igreja. Um site que tem matérias que criticam o presidente Bolsonaro desde quando ele era pré-candidato. Ou seja, com atuação forte contra Bolsonaro.
Será que o presidente, escolheria esse site, de esquerda, para “detonar” um adversário? Além disso, a matéria que denuncia o senador Jayme Campos é assinada pelo Lázaro Borges. Um jornalista que tem todo o direito de, como bem entender, ser militante de esquerda – como de fato o é. Apoiador de Fernando Haddad, inclusive.
Será que o presidente Bolsonaro iria pedir a um jornalista de esquerda para detonar o senador Jayme Campos? A verdade é que os ataques ao senador estão vindo da própria esquerda que Jayme Campos insiste em cortejar. A esquerda rejeita não apenas o senador Jayme, mas seu irmão Júlio e toda a Família Campos. Sim, se aproveita do desejo pessoal de Jayme em ser anti-bolsonarista, mas tão logo consiga o que quer, irá voltar-se contra Jayme Campos e, se tiverem os meios, vão destruí-lo.
Rodrigo 28/04/2020
Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário
1 comentários