Da Redação
O vereador de Cuiabá, Dilemário Alencar (Podemos), pediu a abertura de Comissão Processante de Inquérito (CPI) para investigar e cassar o mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) pelo rombo na Secretaria Municipal de Saúde.
“No pedido anexei diversas denúncias graves de corrupção explícita com os recursos da Prefeitura de Cuiabá. Do rombo existente na saúde, R$ 44,9 milhões seriam de despesas sem a existência de contratos. É urgente a instalação de uma comissão processante, principalmente, depois que o prefeito, através da Procuradoria Geral do Município, confessou ao desembargador Orlando Perri, na semana passada, que na saúde de Cuiabá existe um rombo de R$ 200 milhões. Oras, o prefeito confessa R$ 200 milhões e faz cara de paisagem? Sem dúvida isso é um motivo grave para a Câmara cassar o mandato dele”, pontuou o vereador.
“E se o próprio prefeito já confessou que só na saúde existem dívidas de mais de R$ 200 milhões, imagina então, quanto não devem estar devendo as demais 20 secretarias da Prefeitura? Informações têm chegado a mim que, ao todo, a Prefeitura de Cuiabá está devendo mais de R$ 700 milhões para fornecedores e outros segmentos. Isso deve ser investigado também por uma comissão processante urgentemente”, completou Dilemário.
No documento, o vereador aponta diversas operações policiais realizadas no âmbito da Saúde de Cuiabá, realizadas pelo Ministério Público, e Polícias Federal e Civil.
“É bom salientar que todos esses escândalos só ocorreram porque o prefeito é reincidente. Ele não tomou nenhuma medida para acabar com o caos na saúde, mesmo tendo sido afastado do cargo pela justiça e indiciado pela CPI dos Medicamentos Vencidos, que apontou prejuízos de R$ 30 milhões com medicamentos encontrados no Centro de Distribuição fora do prazo de validade. O prefeito não adotou medidas para impedir que esse crime ocorresse novamente no depósito da prefeito", afirmou ele.
Dilemário lembrou ainda do período em que a Saúde de Cuiabá esteve sob intervenção decretada pela Justiça, que apontou dívidas na ordem de R$ 360 milhões com fornecedores, salários atrasados e remédios vencidos, tanto na Secretaria de Saúde, quanto na Empresa Cuiabana de Saúde. As informações do Gabinete de Intervenção foram repassadas ao Tribunal de Justiça e MPE.
“Todo esse mar de corrupção existente na Prefeitura de Cuiabá não pode deixar de ser investigado pela Câmara Municipal, afinal, o Sindicato dos Médicos fez a sua parte, o Ministério Público fez sua parte, o Judiciário está fazendo a parte dele, e a Câmara deve também fazer a sua parte, ou seja, cumprir o seu papel constitucional de fiscalizar esses gravíssimos casos de corrupção que saltam aos olhos de toda a sociedade cuiabana”, concluiu Dilemário Alenca. Com Assessoria do Gabinete do vereador Dilemário Alencar