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POLÍTICA Quarta-feira, 14 de Agosto de 2019, 13:15 - A | A

14 de Agosto de 2019, 13h:15 - A | A

POLÍTICA / PETETIZOU O GABINETE

Deputado de MT que defendeu a despetização da República já tem dois petistas em seu gabinete

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



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O pequeno agricultor de Alto Taquari, Nelson Barbudo (PSL), foi o campeão isolado de votos nas eleições de 2018. Chegou a Câmara dos Deputados na crista de 126.249 sufrágios. A estrondosa votação foi o coroar do apoio dedicado ao então presidenciável Jair Bolsonaro e as críticas demolidoras que fazia contra a esquerda, que ele rotulava de comunista e, em especial, contra Lula e seus devotos petistas.  

No Congresso Nacional, Nelson Barbudo fez discursos inflamados, deu entrevistas à imprensa e entupiu suas redes sociais com manifestações de apoio a despetização da República proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).    

Já no início da legislatura, Barbudo teve um arranca-rabo com a deputada Maria do Rosário PT). Para contrapor as críticas que a petista fazia ao então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, o deputado elevou o tom da voz e disparou que os parlamentares de esquerda seriam psicopatas. A resposta dura de Barbudo inflamou a militância de direita e bombou nas redes sociais.  

Como entre o discurso e a prática pode existir distância quilométrica ou até mesmo fosso intransponível. Barbudo mantém o apoio a despetização do governo. Mas não esconde seu apreço por petistas convertidos a direita.    

Seu chefe de gabinete, Rafael Klas Dal Bo, foi assessor do ex-governador Silval Barbosa, defendeu a reeleição de Dilma Rousseff e apoiou Lúdio Cabral para prefeito de Cuiabá. Foi convertido a direita. Reza de acordo com alcorão do PSL. É um exemplo de assessor parlamentar, cujo exemplo deve ser evitado por quem não pretende enfrentar problemas. Isso, no entanto, será tema de uma outra postagem.  

Como um petista é pouco, o deputado Nelson Barbudo resolveu colocar mais esquerdista em seu gabinete. No Diário Oficial da União, que circulou no dia 03 maio, consta a publicação da portaria de nomeação de Sônia Aparecida Zoazokamaero Ferreira de Souza para exercer o cargo em comissão de secretária parlamentar. O salário mensal da petista é de R$ 4.058,04. Uma boa recompensa para quem apoiou Hadadd, rotulou Bolsonaro de extremista de direita, fanático religioso e saudosista da ditadura.    

“Obrigado, grande guerreiro, professor”, escreveu Sonia em uma postagem no Facebook. Não, a saudação não foi dirigida ao seu chefe deputado Barbudo. Na mensagem, a moça saúda Fernando Haddad por seu engajamento na causa indígena.

Uma indagação me ocorre: Sonia se converteu ao ideário da direita ou Barbudo se rendeu as teses indígenas defendidas por ONGs e comunistas? 

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