EDÉSIO ADORNO
Com uma população superior a 60 mil habitantes – para o IBGE, seriam apenas 45 mil - o município de Nova Mutum experimenta franco desenvolvimento econômico. O prefeito Adriano Pivetta administra um orçamento superior a R$ 200 milhões. Os nove vereadores não tem do que reclamar.
O orçamento financeiro do legislativo Municipal chega a colossal cifra de R$ 6,6 milhões. O custo anual de cada vereador para o contribuinte é superior a R$ 700 mil.
Apesar desses números alvissareiros, a gestão municipal destina apenas R$ 230 mil ao apoio a entidades não governamentais e outras esferas, conforme consta no demonstrativo de despesas da LOA/2019. Existe também uma verba de R$ 220 mil destinada a uma rubrica identificada como “direito da cidadania”.
Ocorre que desse orçamento de R$ 450 mil não sobra nenhum centavo para uma das entidades que mais precisam de apoio da saciedade, do empresariado e do poder público.
Essa entidade é a Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Nova Mutum (AAPI), que é liderada pela simpática Eni Bones Melha. Dona Melha entrou em contato com o site para relatar o drama que enfrenta, os projetos que pretende executar e, claro, para reclamar da falta de apoio e de sensibilidade da equipe do prefeito Adriano Pivetta a causa do pessoal da terceira ou da melhor idade.
“A associação tem despesas, mas não tem receita”, afirmou. Dona Melha acrescenta: “Precisamos pagar água, energia, aluguel, telefone, internet, honorários, serviços terceirizados e outros encargos”.
A líder comunitária pleiteia da prefeitura a cessão de um veículo para transportar idosos que fazem tratamento em Cuiabá. Ela reivindica também um espaço físico onde a entidade possa prestar melhor atendimento aos seus associados. Outra prioridade apontada seria ministrar aulas aos idosos com educador físico ou fisioterapeuta.
Para prestar uma assistência digna aos idosos, aposentados e pensionistas de baixa, a presidente da AAPI espera celebrar um convênio com a prefeitura. “Sem a ajuda do poder público municipal nossa situação fica muito complicada”.
O prefeito Pivetta pode ajudar a descomplicar essa situação. Basta firmar uma parceria com a AAPI ou construir um Centro de Vivência da Terceira Idade, onde os idosos tenham acesso ao lazer, a recreação e a atividades físicas.
Dona Melha e os idosos que ela representa não querem muito, apenas viver com dignidade sob o amparo e a proteção da sociedade e do poder público municipal. Será que algum vereador da cidade se preocupa com essa causa?
As demandas da associação foram encaminhadas ao chefe do executivo municipal por meio de ofício protocolado no dia 12 de junho de 2019. Atualmente o documento se encontra no gabinete da Procuradora-Geral do Municipio, advogada Luciana Cristina Martins Trevisan, a espera de parecer jurídico.