Da Redação
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Procusto para cumprir mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa envolvida no assassinato brutal do jovem Pablo Ronaldo Coelho dos Santos. O crime ocorreu em abril deste ano, quando Pablo e um amigo foram sequestrados, torturados e o corpo de Pablo foi ocultado em uma área de mata.
A operação resultou no cumprimento de oito mandados de prisão, incluindo uma mulher que trabalhava na área da educação em Nova Ubiratã. A investigação revelou que ela participou ativamente na execução dos crimes, ordenando até mesmo a mutilação das vítimas.
O crime foi ordenado por um criminoso detido na Penitenciária Central do Estado, que recebia informações dos demais membros da organização sobre os movimentos de Pablo e seu amigo desde a chegada deles a Nova Ubiratã. Durante a execução dos crimes, o criminoso preso acompanhou tudo de dentro da cela e ordenou que as vítimas fossem executadas.
O motivo da crueldade praticada foi supostamente um gesto que as vítimas fizeram com as mãos, relacionado a uma facção criminosa rival. Os criminosos os sequestraram em um bar e os levaram para um cativeiro, onde foram torturados durante a noite toda. As vítimas foram amarradas, agredidas com socos, chutes e uma lâmina de faca, além de serem obrigadas a gravar um vídeo falso.
Após 42 dias de buscas, o corpo de Pablo foi encontrado. Durante as investigações, a Polícia Civil reuniu informações que levaram à identificação dos demais integrantes do grupo criminoso, resultando em prisões e confronto com a polícia.
A Operação Procusto recebeu esse nome em referência à figura mitológica grega que torturava e mutilava suas vítimas para que se adequassem a um padrão determinado. A metáfora simboliza a negação da ciência e a relativização da vida humana, refletindo o egoísmo do ser humano em relação ao próximo.