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POLÍCIA Segunda-feira, 07 de Junho de 2021, 17:58 - A | A

07 de Junho de 2021, 17h:58 - A | A

POLÍCIA / UM CRIME ENVOLTO EM MISTÉRIOS

Após sete meses do brutal assassinato de Edinho, delegado diz aguardar conclusão de pericias

Edésio Adorno
Tangará da Serra



Na fatídica noite de sexta-feira, 06 de novembro de 2020, o servidor público municipal Edson Vicente da Costa, o “Edinho La Comuna”, foi alvejado com quatro tiros quando entrava em sua residência, no bairro Jardim Itália, em Tangará da Serra. À época, a notícia do brutal assassinato de Edinho gerou uma onda de comoção nas redes sociais. Sete meses depois, nada se sabe sobre a autoria e motivação do crime.  

Em entrevista ao Tangará em Foco, o delegado Adil Pinheiro justificou o atraso na elucidação do crime. “Estamos aguardando a finalização de perícias para concluir o inquérito”. Quais periciais seriam essas que sete meses depois do evento ainda não foram finalizadas pela Politec?  

É de sabença geral que a função basilar do inquérito policial é apurar autoria, materialidade e motivação de um crime. Na ponderação de que aguarda a finalização de pericias para concluir o inquérito, a autoridade policial avisa que “não damos informações sobre esse inquérito” e explica: “Para não correr o risco de alguma pessoa ser acusada injustamente, sem a conclusão das investigações”.  

Que pessoa seria essa que poderia ser acusada injustamente?

Certamente que não seria um latrocida anônimo.

Por esse prisma, a hipótese de que o matador de Edinho pretendia roubar sua moto fica cada vez mais distante. A tese de crime de mando, portanto, de execução, ganha consistência e se torna a hipótese mais plausível.

À reportagem do Tangará em Fogo, o delegado Adil declarou: “Só posso afirmar que temos nossa linha de investigação e daremos uma conclusão ao inquérito”. Isso significa que o caderno investigativo não será remetido ao arquivo por ausência de identificação de autoria. Emerge, por dedução, da comedida fala da autoridade policial que a morte de Edinho será devidamente esclarecida.

Autor e eventual mandante podem colocar a barba de molho.

As investigações estão em curso e logo serão concluídas.    

Depoimentos, interrogatórios, quebra de sigilo telefônico e telemático, além de outros elementos formam um acervo probatório que, corroborado por pericias oficiais, podem servir de elementos para justificar futura proposição de ação penal e, quem sabe, autorizar cautelares de preventiva.

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