Da Redação
Blog Edição MT
O ministro Alexandre de Moraes parece ter trocado os autos dos processos pelos flashes da fama. Virou o “juiz estrela” de uma Suprema Corte que, cada vez mais, atua como protagonista de um enredo político que deveria ser escrito por outros Poderes.
A recente enxurrada de reportagens internacionais — The Economist, The New Yorker e Financial Times — não é exatamente um tributo, mas um sinal de alerta global sobre os excessos do Judiciário brasileiro.
The Economist não economizou nas palavras: classificou Moraes como símbolo de um Judiciário com “poder excessivo”, escancarando a preocupação com o ativismo togado.
Já a New Yorker, em um misto de fascínio e perplexidade, dedicou um ensaio fotográfico ao ministro, no mesmo dia em que ele colocava Bolsonaro no banco dos réus. Coincidência ou encenação?
O Financial Times, por sua vez, foi ainda mais longe ao destacar o confronto do ministro com Elon Musk — uma disputa que atravessou oceanos e agora respinga em tribunais dos EUA, onde Moraes é acusado de “violar a soberania americana”.
Quando um juiz vira personagem principal da política e seu nome é mais conhecido que o da Constituição que jurou defender, algo está fora da ordem. Em vez de equilíbrio entre os Poderes, vemos holofotes, vaidades e manchetes. O Brasil precisa de justiça, não de celebridades de toga.