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08 de Dezembro de 2023, 00h:11 - A | A

BLOG / NA BOCA DO JACARÉ

Sérgio Moro no banco dos réus: cassação e fim inglório

O ex-juiz enfrenta acusações de irregularidades durante a campanha de 2022, enquanto PT e PL pedem sua cassação e inelegibilidade por oito anos

Da Redação
Blog Edição MT



O senador Sérgio Moro sentou no banco dos réus nesta quinta-feira (7/12). Ele prestou depoimento aos juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná em ações que pedem cassação por atropelamento às leis, códigos e regulamentos durante a campanha eleitoral de 2022.

Abatido e antevendo que será cassado e expurgado da vida pública por oito anos, o senador respondeu às perguntas do relator das ações e do Ministério Público, mas preferiu se manter em silêncio diante das perguntas dos advogados do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL).

Diferente do filósofo Sócrates que tomou cicuta para não se apequenar e nem fazer concessões, Moro ingere a contragosto o próprio veneno que destilou quando comandava a chamada República de Curitiba e se apresentava como o algoz impiedoso da Lava Jato.

Moro desmoralizou a toga, comprometeu a imagem do judiciário, foi um péssimo ministro da Justiça e exerce de forma capenga e improdutiva o mandato de senador.

O fim inglório de Moro é justo e merecido.

A oitiva ocorreu dentro da análise de Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), de autoria do PT e do PL, que acusam Moro de abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação.

As legendas pedem que o ex-juiz seja cassado e fique inelegível por oito anos.

Elas alegam a existência de irregularidades nas contas de Moro.

Um dos apontamentos é que ele teria se beneficiado de verba disponibilizada pelo Podemos, partido pelo qual se candidatou à Presidência, em sua campanha para o Senado pelo União Brasil.

Há ainda registros de inconsistências na prestação de contas do senador, como descumprimento do prazo para entrega de relatórios.

A Procuradoria negou pedidos da defesa de Moro para trancar a ação e concordou em ouvir testemunhas ligadas ao caso.

Moro nega as lambanças.

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