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BLOG Sexta-feira, 30 de Agosto de 2024, 16:13 - A | A

30 de Agosto de 2024, 16h:13 - A | A

BLOG / O VILÃO SILENCIOSO

Por que o álcool pode ser mais perigoso que a maconha

Enquanto a descriminalização da maconha gera debate, o consumo de álcool, amplamente aceito, acumula gordura visceral e eleva riscos cardiovasculares

Da Redação
Blog Edição MT



O debate sobre a descriminalização da maconha tem gerado intensas discussões no Supremo Tribunal Federal (STF) e mobilizado o Congresso Nacional.

As preocupações sobre os impactos das drogas na sociedade são legítimas: elas causam danos psicológicos, morais, familiares e materiais significativos. N

o entanto, ao focarmos exclusivamente nas drogas ilícitas, como a maconha, muitas vezes negligenciamos os perigos das drogas lícitas, especialmente o álcool.

O álcool está profundamente enraizado na cultura social.

Seja em uma comemoração, um jantar ou uma reunião informal, a presença de bebidas alcoólicas é quase inevitável.

A influência da indústria do álcool, combinada com a aceitação social, torna difícil resistir ao seu consumo. No entanto, o que muitos ignoram são os perigos que o álcool representa para a saúde.

Ao ser ingerido, o álcool é metabolizado pelo organismo e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica que é parcialmente responsável pelos efeitos de embriaguez e ressaca.

O que poucos sabem é que o acetaldeído, após cumprir seu papel tóxico, é convertido em gordura visceral.

Esse tipo de gordura, que se acumula em torno dos órgãos internos, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Sob essa perspectiva, o álcool pode ser mais prejudicial ao organismo do que a maconha.

Enquanto a maconha é frequentemente associada a efeitos psicoativos e à controvérsia moral, o álcool, silenciosamente, compromete a saúde física de milhões de pessoas.

O acúmulo de gordura visceral, causado pelo consumo frequente de álcool, é um dos maiores vilões na luta contra doenças cardíacas, que são responsáveis por milhões de mortes todos os anos.

É preciso, portanto, reavaliar nossa abordagem sobre as drogas. A campanha contra a descriminalização da maconha deve ser equilibrada com uma análise crítica sobre o consumo de álcool.

Afinal, a saúde pública deve ser preservada em todas as suas dimensões, e isso inclui a conscientização sobre os perigos do álcool, uma droga legalizada que causa danos muitas vezes ignorados pela sociedade.

Para avaliar sua gordura visceral, consulte um endocrinologista, nutrólogo ou nutricionista

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