Da Redação
Blog Edição MT
Lula e Bolsonaro são duas figuras políticas distintas, com ideologias opostas e atuando em campos diferentes do espectro político.
No entanto, há um aspecto em que eles se igualam e se destacam: sua extraordinária capacidade de comunicação, habilidade para seduzir o grande público, mobilizar e envolver as massas. Nesse sentido, Lula e Bolsonaro são únicos, insuperáveis e insubstituíveis.
Sem o lulismo não haveria bolsonarismo; sem este, aquele perpetuaria no poder e reinaria em berços esplêndidos sem o contra ponto de uma oposição firme, nem tanto organizada, mas barulhenta e orgânica nas redes sociais.
Ambos os líderes políticos possuem uma desenvoltura notável no campo do populismo. Eles sabem exatamente o que seus seguidores querem ouvir e se apresentam como se fossem exatamente iguais ao povo. Não escondem sua sede pelo poder e utilizam argumentos e retóricas que encantam e, no caso de Bolsonaro, anestesiam e fascinam seus adeptos.
Sem o lulismo não haveria bolsonarismo; sem este, aquele perpetuaria no poder e reinaria em berços esplêndidos sem o contra ponto de uma oposição qualificada
Para ganhar projeção nacional e criar condições para disputar a eleição presidencial de 2018, Jair Bolsonaro, um deputado do baixo clero, rivalizou com a deputada petista Maria do Rosário e usou o ex-deputado Jean Wyllystrolar como um cavalo de Troia.
Essa estratégia deu certo e impulsionou sua carreira política.
Lula e Bolsonaro são, portanto, figuras que se destacam e têm uma relação simbiótica.
Suas personalidades carismáticas, seu caráter populista e sua capacidade de mobilização criam uma dependência mútua entre eles e seus seguidores. Enquanto Lula é um líder carismático com habilidades de oratória ímpares, Bolsonaro atrai sua base com discursos polêmicos e uma abordagem controversa.
No entanto, tentar imitar essa fórmula de sucesso nem sempre dá certo.
O deputado federal Abílio Bruni, que almeja a prefeitura de Cuiabá, tentou seguir os passos de Bolsonaro.
Sua estratégia, no entanto, não funcionou e suas ações e exposição na CPMI do Golpe tiveram um efeito bumerangue.
Sua imagem caricata, infantil e imatura afasta o eleitor de Cuiabá, que é conservador, mas não radical, tornando sua eventual candidatura ao Alencastro apenas mais um sonho de verão.
A relação entre Lula e Bolsonaro, embora cheia de diferenças ideológicas, mostra a importância da comunicação e do populismo na política contemporânea. Ambos os líderes políticos têm uma habilidade única para cativar e mobilizar as massas, tornando-se figuras marcantes na cena política brasileira.
Ainda assim, é importante lembrar que cada contexto político é único, e tentar replicar essa fórmula de sucesso nem sempre é garantia de êxito.