Da Redação
Blog Edição MT
Na última quarta-feira (18/10) explodiu nas redes sociais um incidente que abalou a confiança na Justiça do estado de Mato Grosso. A Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) agiu rápido e anunciou a instauração de uma sindicância para apurar o caso.
O objeto da investigação será inapropriedade e repulsiva do magistrado Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que determinou a prisão da senhora Silvia Miriam, mãe do jovem Cleowerton Oliveira, 19 anos, que foi assassinado a tiros em 2016.
O motivo para a prisão de Silvia Miriam teria sido suposta ofensa ao assassino de seu filho.
O matador do jovem Cleowerton responde em liberdade pelo bárbaro crime.
A mãe da vitima foi presa por não conter a emoção e fazer o que qualquer mãe enlutada faria - olhar para o criminoso e asseverar que ela não significa nada para ela. Eu acresentaria: 'por se tratar de um lixo humano'.
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, Silvia Miriam afirma que o acusado "não era nada para ela".
Talvez o criminso significa muito para o juiz Wladymir Perri, pois ele usou esse comentário expresso por uma mãe ferida em sua alma, para determinar sua prisão. O togado fez justiça - uma justiça que premia o criminoso e pune a vitima.
Perri atribuiu ainda a Silvia Amorim o crime de depredação ao patrimônio público, pois o juiz alegou que ela havia arremessado um copo de plástico contra um bebedouro. A decisão do magistrado gerou grande comoção nas redes sociais, com muitos apontando a inadequação das ações do magistrado sobre o caso, que repercutiu na imprensa nacional.
A sindicância iniciada para investigar os atos do magistrado Wladymir Perri tem um prazo de 140 dias e está tramitando em sigilo.
Esse caso tem levantado questões sobre a adequação da conduta de juízes em casos sensíveis e emocionais, bem como a importância da formação humanística e compreensão da sociedade para os magistrados.
Muitos argumentam que a justiça não pode ser administrada de maneira tão rígida e insensível, especialmente quando se trata de uma mãe que enfrenta a dor da perda de seu filho em circunstâncias tão trágicas.
Além disso, a presença do assassino de seu filho na audiência só agravou sua situação psicológica.
Este episódio tem gerado debates em toda a sociedade e levanta questões sobre o comportamento dos juízes, sua empatia, e sua capacidade de equilibrar a aplicação da lei com a compreensão do contexto humano e emocional envolvido.
Espera-se que a sindicância esclareça o ocorrido e que a justiça seja feita, restaurando a confiança na magistratura de Mato Grosso e servindo como um lembrete da necessidade de uma abordagem mais sensível e humana no sistema judicial.