Da Redação
Blog Edição MT
O vice-prefeito de Campo Novo do Parecis, produtor rural Toninho Brolio, ainda não conseguiu colocar sua campanha de deputado estadual nas ruas e nem mobilizar o apoio de atores sociais da cidade. Também é tímida sua penetração em municípios vizinhos. Brolio circula com desenvoltura apenas entre os pesos pesados do agronegócio. Ele próprio é considerado um barão do setor. À Justiça Eleitoral, Toninho declarou um patrimônio de R$ 9 milhões.
Analistas políticos avaliam que a candidatura Brolio nasceu natimorta e apontam algumas razões, sendo a primeira delas o reduzido colégio eleitoral de Campo Novo. O município tem pouco mais de 22 mil eleitores. Toninho vai enfrentar o teste das urnas sem o apoio do prefeito Rafael Machado (UB), que um político carismático, articulado e dialoga com a população e com as forças produtivas da cidade.
Toninho é filiado a um partido nanico - o Republicanos, que corre o risco de não antingir o cociente eleitoral de 65 mil votos para ter direito a uma cadeira na ALMT. Na hipótese de superada essa barreira, analistas acreditam que o deputado estadual Valmir Moretto conquiste essa hipotética vaga e garanta sua reeleição. Os demais candidatos do partido apenas ajudariam na formação do coeficiente eleitoral.
Em Campo Novo, o maior contingente de eleitores está concentrado no populoso bairro Jardim das Palmeiras, com predominância de nordestinos, especialmente de Alagoanos. Brolio é considerado um ilustre desconhecido para essa comunidade, quem tem o poder de decidir qualquer eleição.
Para enfraquecer ainda mais a chapa de estaduais do Republicanos, dois nomes considerados de boa capilaridade eleitoral desistiram da disputa. Primeiro foi o coronel Zilmar, nesta terça-feira, o delegado Flavio Stringueta também jogou a toalha. Formalmente, o policial alegou problemas pessoais, familiares e financeiros para desistir da disputa. Substantivamente, a motivação pode ter sido a percepção de que ao permanecer na corrida a ALMT apenas estaria ajudando na formação do cociente eleitoral para garantir mais quatro anos a Moretto na Casa de Leis.