EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O deputado estadual João Mattos (MDB) recebeu em seu gabinete, na Assembleia Legislativa, uma comissão de sitiantes das glebas Santo André e Pompeia, que ficam localizadas no complexo Pecuama. Os trabalhadores foram em busca de apoio político para tentar resolver a situação agrária da área que ocupam há mais de 20 anos.
As lideranças da localidade, Sandro, dona Lenir e Toninho Welta, explicaram ao deputado que entraram na área com autorização das Usinas Itamaraty. Na época, assinaram um termo de comodato. “A empresa quer vender os lotes que ocupamos, o problema é que não temos condições de pagar à vista ou em poucas parcelas”, afirmaram.
Segundo expuseram ao parlamentar, a qualquer momento o setor jurídico da Itamaraty pode pedir na justiça a reintegração de posse. A possibilidade de eventual despejo deixa apreensiva as mais de 300 famílias.
“Ficamos velhos aqui, não temos para onde e nem força física para recomeçar tudo de novo”, diz Sandro, que é presidente da gleba Pompeia.
A presidente da gleba Santo André, dona Lenir, destaca que são mais de 20 anos de trabalho, sofrimento e muita luta para produzir e vencer as dificuldades. Ela não acha justo ser despejada por não ter condições de pagar o preço e nas condições que a usina exige.
Toninho Welta acrescenta que também se preocupa com a questão e implora para que o deputado Mattos encontre uma forma de ajudar aquelas comunidades.
A primeira medida do deputado João Mattos foi determinar que sua assessoria faça um levantamento completo sobre a real situação da área. Na próxima terça, o parlamentar tem agenda com o presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso, Francisco Serafim de Barros, para tratar da questão.
“O Intermat vai nos dar o caminho das pedras. Se for preciso, vamos até ao governador Mauro Mendes. No que depender da Assembleia Legislativa, vamos conversar com os demais deputados para resolver essa situação confusa que já dura quase 30 anos”, garantiu o parlamentar.
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