EDÉSIO ADORNO
O relator do recurso da senadora Selma Arruda (Pode) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Og Fernandes, não surpreendeu em seu voto. Como até as pedras de Cuiabá já sabiam, ele votou pela manutenção da decisão do TRE, que cassou o mandato da parlamentar e de seus suplentes.
Depois da leitura do relatório de Og, a sessão foi suspensa pela presidente Rosa Weber. Deve ser retomada na próxima terça-feira (10/12), quando os demais ministros da corte eleitoral votarão pela cassação ou absolvição da senadora.
Em seu voto, o relator Og Fernandes impôs nova derrota ao candidato derrotado ao senado, Carlos Fávaro, que contratou um dos advogados mais caros do pais, o petista Zé Eduardo Cardoso, também conhecido como “Porquinho de Dilma”, para defender a cassação de Selma Arruda e garantir um mandato biônico, ainda que temporário, no senado.
O ministro destacou que o desejo de Carlos Fávaro em ocupar a cadeira de Selma não tem guarida no ordenamento jurídico. Caso mantenha o desejo de virar senador, o dirigente do PSD deve se submeter ao crivo das urnas. É assim que funciona nas democracias. O poder pertence ao povo. Em se confirmando a cassação, novas eleições serão convocadas pelo TRE/MT.
Reunido com amigos em um ambiente fechado, em Brasília, de onde acompanhou o voto de Og Fernandes, Carlos Fávero teria tido um ataque de fúria com advogados e assessores. Aos berros, teria reclamado dos milhões que gastou para terminar em nada. "Cadê a cadeira de senador que me prometeram?". Fávaro teria ficado desolado, segundo revelou uma fonte ao site.