Da Redação
A Bronca Popular
O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, concedeu uma entrevista à Rádio Band FM na manhã desta terça-feira para abordar mais uma vez a prisão de seu irmão, Elizandro Ferrari, ocorrida no âmbito da operação Tracker, deflagrada pela Polícia Civil em 22 de novembro. O gestor municipal expressou sua indignação com o que considera uma prisão indevida e arbitrária.
Durante a entrevista, Edelo Ferrari fez críticas tanto ao delegado de polícia responsável pelo inquérito quanto à decisão do magistrado que decretou a prisão preventiva de seu irmão, o empresário Elizandro Ferrari. O prefeito fundamentou sua indignação na decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT0, Luiz Ferreira da Silva, que concedeu habeas corpus a Elizandro.
O desembargador deixou claro em sua decisão que não havia elementos suficientes e seguros de autoria delitiva que atribuíssem a Elizandro a prática de tráfico de drogas. Ele criticou a falta de diligências adicionais por parte da autoridade policial, mencionando que a simples conversa de WhatsApp não era suficiente para fundamentar a acusação.
O desembargador ressaltou que, diante das considerações feitas, havia dúvidas sobre se Elizandro estava envolvido no comércio de drogas ou se era apenas um usuário, além de questionar a origem da suposta dívida. Ele enfatizou que não existiam elementos nos autos que demonstrassem a participação de Elizandro em atividades criminosas, muito menos em uma organização criminosa.
Durante a entrevista, Edelo Ferrari compartilhou trechos da decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, enfatizando que o juiz de primeiro grau não apresentou elementos concretos que justificassem a custódia cautelar de Elizandro. O prefeito agradeceu à alta autoridade do tribunal de justiça por conceder o habeas corpus ao seu irmão.
Além disso, durante a entrevista, Edelo Ferrari levantou suspeitas sobre a conduta ética e profissional do delegado de Pontes e Lacerda, Antônio Carlos Pinzan Júnior, que solicitou a prisão preventiva de Elizandro. O prefeito destacou o relacionamento próximo entre o delegado e Eric Fantin, ex-delegado de Brasnorte, sugerindo que a prisão poderia ter motivações políticas para prejudicar sua imagem.
O prefeito alegou que Eric Fantin, atualmente em Juara, é conhecido por suas ambições políticas e que a proximidade entre ele e o delegado Pinzan Júnior levanta suspeitas de uma possível conspiração para prejudicar sua reputação.
Edelo Ferrari questionou se o delegado atualmente em Juara, Eric Fantin, poderia ter participado de uma alegada armação com o objetivo político claro de afetar a imagem do prefeito.
Delegado como suspeito da trama
Emocionado e visivelmente abatido, o prefeito relatou que seu pai e sua mãe, um casal de idosos, ficaram transtornados com a prisão indevida, desnecessária e precipitada de seu irmão. Ele denunciou ainda que, minutos após a visita da polícia na residência de seus pais, um carro conduzido por uma amiga do delegado Eric Fantin parou em frente à residência e fotografou a casa. Logo em seguida, antes da imprensa noticiar o caso, um grupo de Whatsapp administrado por um indivíduo ligado ao delegado postou as fotos feitas pela mulher.
Ferrari revelou que aliados do delegado já haviam anunciado com antecipação que uma grande operação policial seria realizada em Brasnorte. O próprio delegado Eric respondeu ao questionamento de uma internauta afirmando que não era traficante de pequena nem de grande quantidade, o que evidencia que ele tinha conhecimento prévio da operação. "Não apenas conhecimento, é provável que ele tenha sido peça chave na farsa, na trama que resultou na prisão de meu irmão", completou Ferrari, em declaração à Band FM