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POLÍTICA Segunda-feira, 21 de Dezembro de 2020, 09:19 - A | A

21 de Dezembro de 2020, 09h:19 - A | A

POLÍTICA / AVANÇO DA PANDEMIA

Governo não tem plano para Covid-19 10 meses após primeiro caso, diz TCU

Tribunal de Contas identificou, em relatório de acompanhamento, uma série de erros no combate à pandemia do novo coronavírus

Tácio Lorran
Metrópoles



Tribunal de Contas identificou, em relatório de acompanhamento, uma série de erros no combate à pandemia do novo coronavírus   Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o Ministério da Saúde ainda não tem plano de combate à pandemia do novo coronavírus, mesmo após quase 10 meses do primeiro caso confirmado de Covid-19 no Brasil.  

O relatório de acompanhamento foi elaborado pela Secretaria de Controle Externo da Saúde (SecexSaúde) e apresentado pelo ministro-relator Benjamin Zymler. Esta é a quarta etapa do processo.  

O Tribunal de Contas da União concluiu, inclusive, que esta auditoria não apresentou “constatações diferentes dos relatórios anteriores no tocante à deficiência do planejamento das ações da pasta [Ministério da Saúde] no tocante ao tema”.  

Afirmou também que os representantes do ministério, chefiado desde maio pelo general Eduardo Pazuello, não compreendem como função da pasta a articulação com os entes subnacionais para a elaboração do plano nacional contra a Covid-19.  

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Eduardo Pazuello, ministro da Saúde: sem plano de combate a covid-19

Nesse sentido, os auditores destacam haver risco de aproximadamente 6 milhões de testes para diagnóstico do novo coronavírus estourarem a validade antes mesmo da distribuição aos estados, como revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.  

No último dia 9, contudo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou, por quatro meses, a validade dos testes para Covid-19 que tinham data de expiração próxima, no estoque mantido pelo Ministério da Saúde.  

Em contrapartida à prorrogação, o governo federal terá que realizar, por determinação da Anvisa, análises mensais periódicas sobre os lotes dos testes, além de elaborar um plano de gerenciamento de riscos.  

“A avaliação das ações da pasta, da necessidade de novos processos de compra e da celeridade que deve ser dada a esses processos resta prejudicada diante da ausência de planejamento do ministério”, concluiu o tribunal, no relatório.    

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