EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O ex-vice de Pedro Taques, candidato derrotado ao senado em 2018 e atual representante do escritório de Mato Grosso em Brasília, Carlos Favaro, será candidato ao senado, na eleição suplementar para preencher a vaga aberta com a cassação da juíza Selma Arruda?
A resposta a essa indagação é sim e não.
O governador Mauro Mendes (DEM) já declarou apoiar eventual candidatura Favaro ao senado.
Esse apoiamento, no entanto, tem uma condicionante: Favaro precisa resolver problemas políticos de vidas passadas e construir sua viabilização eleitoral.
O vice-governador Otaviano Pivetta, em declaração à imprensa, afirmou que não apoia Favaro porque conhece Fávaro.
O senador Jayme Campos continua com Favaro atravessado na garganta. O democrata lembra sempre que o dono do PSD teria articulado para desidratar sua candidatura e assim tentar abocanhar a 2º vaga para o senado.
Dívidas de campanha e acordos não cumpridos são outros obstáculos que dificultam o projeto Favaro decolar e se equilibrar na atmosfera política de Mato Grosso.
Misturado a tudo isso, um outro fator não pode ser desprezado. Carlos Favaro será o alvo preferido da fúria de boa parte dos 700 mil eleitores da juíza Selma Arruda.
Sob esse prisma, antes de Mendes dizer “SIM” a Carlos Favaro, uma frase clichê deve ser reverberada entre os partidos que apoiam o governo: “se alguém se opõe a candidatura Fávaro, fale agora ou se cale para sempre”.
Se o “SIM” de Mendes a Favaro for respondido com o “Não” de Jayme Campos, Otaviano Pivetta, Carlos Bezerra, prefeitos, vereadores e deputados estaduais da base, significa inviabilidade eleitoral.
Nesse caso, um nome de consenso deve ser apresentado aos eleitores de MT.
Blairo Maggi e Mauro Mendes tem esse nome na manga da camisa ou devem providenciá-lo com urgência.