Da Redação
Sem espaço na gestão para acomodar seu pessoal e satisfazer seus interesses políticos – alguns impublicáveis -, a vice-prefeita Maria Azenilda Pereira se movimenta nos bastidores para tentar puxar o tapete do prefeito Divino Henrique. Ela é do MDB e segue o exemplo de Michel Temer, que solapou o governo Dilma Rousseff a ponto de substituí-la no Planalto.
Azenilda é esposa do ex-prefeito Arnaldo Pereira, que conhece do carteado, tem artimanha e bala na agulha.
A mando da direção local do MDB, o ex-vereador Tanaka e Kaká, que é filho da vice Azenilda, atuam como preposto do casal Pereira. O plano é turbinar uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar suposto acumulo de cargo pelo prefeito, que é médico e teria prestado serviços em outro município.
O caso já teria sido arquivado pelo Ministério Público, mas vereadores de oposição, orientados pela vice Azenilda e seu esposo Arnaldo, teriam montado um balcão persa na Câmara Municipal.
Todos os cargos comissionados do legislativo estariam sendo utilizados como moeda de troca para recompensar o parlamentar que votar pelo afastamento do prefeito Divino.
As negociatas estão ocorrendo as claras, a luz do dia e sem cerimônia, segundo revelou a reportagem um vereador que teria se recusado a participar do que ele classifica de jogo sujo, vingativo e interesseiro.
“Não apenas cargos na Câmara de Vereadores, se conseguirem afastar o prefeito, eles também terão direito de indicar secretários e cargos importantes na estrutura da prefeitura. As negociações seguem a todo vapor e o Tanaka é o principal articulista”, concluiu.
O trabalho médico executado pelo prefeito Divino a comunidades rurais de Alto Paragui não causou dano ao erário público, não houve enriquecimento sem causa e também não conflitou com o horário de expediente da prefeitura de Barra do Bugres, segundo entende advogados com expertise em direito administrativo consultados pela reportagem.