EDÉSIO ADORNO
Rejeitado por quase todos os partidos que compuseram o arco de aliança que elegeu o governador Mauro Mendes (DEM) e o senador Jayme Campos (DEM), Carlos Fávaro (PSD), que pretendia assumir no tapetão a vaga da senadora Selma Arruda, acaba de descobrir que na política o buraco é sempre mais embaixo.
A inviabilidade eleitoral de Favaro é consequência do encadeamento de uma sucessão de erros imperdoáveis no mundo político e na vida privada.
Enumerá-los talvez ajude a compreender a situação periclitante do vice de Taques.
1 – Para o pleito de 2018, Favaro contratou o publicitário Nelson Biondi, que foi o responsável por campanhas dos tucanos Geraldo Alckmin e João Doria e montou uma mega estrutura descolada de Mendes e Jayme Campos.
2 – Sem sucesso na estratégia de fazer campanha desvinculada de Mendes, Favaro grudou nas barras da calça de Jayme até quando foi conveniente.
3 – Na reta final, com o crescimento da candidatura Selma Arruda, Fávaro tentou sabotar Jayme na esperança de abocanhar sua cadeira no senado.
4 - Derrotado, jogou duro para cassar Selma e assumir sua vaga no tapetão. Perdeu tempo e muito dinheiro.
5 – A justiça eleitoral cassou o mandato de Selma e determinou a realização de eleição suplementar para preenchimento de sua vaga no senado.
6 – Desgastado e com um histórico de deslealdade, Favaro não conseguiu se viabilizar eleitoralmente para disputar nas urnas a vaga de senador aberta com a cassação da juíza Selma Arruda.
7 - Antes de seguir para o ostracismo, Favaro aposta na concessão de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que garanta sua ascensão por 90 dias no senado. É esse consolo que o Governo do Estado pleiteia no STF para aliado instável e não muito confiável.
