EDÉSIO ADORNO
Da Editoria de Política
“O ministro Sérgio Moro é um patrimônio nacional”. Assim reagiu o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a indagação de um repórter da TV Globo que queria saber se o ex-juiz da Lava Jato estaria com um pé fora do governo.
O capitão acrescentou que não viu "nada de anormal até agora" no conteúdo das trocas de mensagens relevadas pelo site The Intercept Brasil. Em audiência na CCJ do Senado, na última quarta-feira, Moro deixou petistas e agregados com cara de tacho ao afirmar que não tem apego ao cargo e que, se for constatada alguma irregularidade da parte dele, poderia sair do governo.
Questionado sobre a fala de Moro, Bolsonaro deu na lata do jornalista comunista que fez a inquirição: "Qualquer ministro é livre para fazer o que bem entender. O Sergio Moro é um patrimônio nacional, não é do presidente da República".
Moro falou por quase 9h na CCJ do senado. Durante todo o tempo demonstrou serenidade, conhecimento de causa e equilíbrio emocional. Não se deixou abalar nem mesmo com as provocações dos órfãos de Lula.
Sérgio Moro saiu fortalecido da peleia com os esbirros do petismo. Não deixou perguntas sem respostas. Foi cirúrgico na desconstrução da narrativa criminosa engendrada pelos saudosistas do antigo regime. O gringo Glenn Greenwald e seu site sensacionalista caminham inexoravelmente para a desmoralização pública. O crime não ficará impune. Os delinquentes jamais triunfarão no governo Jair Bolsonaro.
Os ataques orquestrados contra o ministro Sérgio Moro objetivam, a um só tempo, fragilizar o governo Bolsonaro, enfraquecer a Lava Jato, interferir em investigações em andamento, alterar condenações de barões do crime e, se possível, anular a condenação de Lula.