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POLÍTICA Terça-feira, 21 de Dezembro de 2021, 12:08 - A | A

21 de Dezembro de 2021, 12h:08 - A | A

POLÍTICA / BARRA DO BUGRES

Azenilda vira prefeita no tapetão, faz demissão em massa e cuida de dividir o butim com mercenários aliados!

Prefeito perdeu o mandato sem sofrer nenhuma acusação de desvio de dinheiro público ou o menor ato de corrupção

Edésio Adorno
Tangará da Serra



O médico Divino Henrique foi eleito prefeito de Barra do Bugres, no pleito do ano passado, com 7.359 votos – 43% dos votos válidos. O que isso significa, além de nada? Nada mesmo! Os valentes vereadores da pobre cidade – com os professores Lennon (pode) Corezomae e Cleide (PP) à frente – deram uma banana para a opinião e mandaram às favas a soberania do voto popular.  

A acusação mais grave que os ‘paladinos’ da moralidade apresentaram contra o prefeito Divino para enxotá-lo da prefeitura chega a ser surreal. Ele foi acusado de prestar serviços médicos, fora de horário de expediente, em uma comunidade pobre da zona rural de Alto Paraguai.  

Esse foi o pretexto formal utilizado pelos nobres e sacrossantos vereadores para cassar o mandato do prefeito Henrique. Substantivamente, a verdade é outra e bem mais despudorada, indecente e promiscua.  

Nos bastidores, corre solta a informação de que a articulação para o impeachment do doutor Divino teria sido costurada pelo ex-prefeito Arnaldo Pereira, não por acaso, esposo da vice Azenilda, em conluio com empresários e negocistas ávidos para recuperar as tetas e benesses da prefeitura. Eles sempre sobreviveram na sombra do poder. Estavam desmamados e de barriga vazia.    

Azenilda virou prefeita, caso a decisão da Câmara não seja anulada pela justiça, mas não terá autonomia para governar. Ela será apenas a preposta, longa manus, da raposa política, que é seu esposo Arnaldo. Pior que isso, teve que fazer pacto com Raimundo e todo mundo. Mais grave ainda, se tornou refém de 12 vereadores, que já apresentaram a fatura. Aliás, exigem participação no butim, ou seja, na divisão do bolo.  

Cada vereador que ajudou caçambar Divino tem seu preço. A fatura já chegou ao gabinete de Azenilda. Empregos para cabos eleitorais, parentes e agregados, além de obras e outros favores, funcionam como moeda de troca. A prefeita terá que parir mimos e agrados para saciar a gula insaciável de sua base na Câmara, caso queira governar.  

O vereador Lennon foi o mais afoito para cassar o mandato de Divino. Venceu, mas saiu duplamente derrotado. Perdeu o pouco de apoio que tinha nas comunidades indígenas, nunca será aceito e jamais terá a confiança dos senhores feudais que controlam Barra do Bugres.  

O sonho de disputar a ALMT naufragou antes da partida. E corre o risco real de ser vomitado nas urnas na próxima eleição que disputar. Na política e na guerra, conforme Napoleão, o rei ama um traição, mas abomina o traidor.     

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Fabinn 21/12/2021

Que magoa hein abronca? Ficou sem midia pra destilar todo esse veneno?

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1 comentários

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