Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024

CIDADES Quarta-feira, 05 de Abril de 2023, 21:58 - A | A

05 de Abril de 2023, 21h:58 - A | A

CIDADES / HOSPITAL SANTA HELENA

Médicos ameaçam parar por atraso de 4 meses da Prefeitura

Profissionais pedem a quitação de pelo menos dois meses dos quatro que estão em atraso

Da Redação



Médicos do Hospital Beneficente Santa Helena ameaçam parar as atividades na próxima segunda-feira (10) por causa de atrasos salariais. Os profissionais estão com quatro meses de vencimentos atrasados.

 

Os atrasos são culpa da falta de repasses por parte da Prefeitura de Cuiabá, que está devendo R$ 7 milhões para a unidade. 

 

O comunicado foi enviado pela Coordenação de Obstetrícia e Ginecologia à diretoria da unidade, que atende as paciente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o documento, os atrasos tornam “difícil manter o grupo atuando no atendimento”, uma vez que os profissionais dependem do salário. “Essa situação vem causando insatisfação e até pedido de desligamento”, diz trecho do documento.

 

Ainda conforme o texto, o desligamento dos médicos pode causar “um colapso no atendimento em decorrência da falta de profissionais obstetras no Estado”.

 

Eles aguardam o pagamento dos valores correspondentes, ao menos, dos meses de dezembro e janeiro.

 

Os médicos dizem querer “evitar a interrupção do atendimento [...], para não prejudicar as gestantes usuárias do SUS, o gestor local e também ao Hospital Beneficente Santa Helena”.

 

Segundo os profissionais cerca de 2,5 mil gestantes são atendidas todos os meses na unidade e 900 são internadas.

 

O diretor-presidente do hospital, Marcelo Sandrin, afirmou que o problema se deve ao atraso nos repasses por parte da Prefeitura de Cuiabá, um problema que é antigo e que não se resolveu com a intervenção na Secretaria Municipal de Saúde.

 

Sandrin afirmou ainda que a unidade não tem como seguir funcionando se não receber os R$ 7 milhões devidos. 

 

"Está tudo auditado, com as notas fiscais apresentadas. Precisamos receber. Se não, não conseguiremos manter o atendimento. Fazemos de 30 a 40 partos por dia", afirmou.

 

O diretor-presidente diz que já encaminhou "de quatro a cinco ofícios" para as autoridades alertando para o risco de colapso no hosptal.

 

"Uma criança que nasceu em dezembro está fazendo quatro meses hoje.

O médico que fez o parto dela ainda não recebeu pelo trabalho".

Comente esta notícia

(65) 99978.4480

[email protected]

Tangará da Serra - Tangará da Serra/MT