Da Redação
A Bronca Popular
Donald Trump pode estar acostumado a ver líderes mundiais correrem ao telefone quando ele impõe tarifas, mas Xi Jinping não é um deles.
Diferente do Canadá e do México, que ainda tentam negociar para evitar prejuízos econômicos, a China já aprendeu a lidar com as táticas do ex-presidente norte-americano.
Pequim não se intimida e, mais do que isso, está preparada para retaliar na mesma moeda.
A postura do governo chinês reflete um aprendizado construído ao longo da primeira guerra comercial travada com os Estados Unidos sob o comando de Trump.
Em vez de apelar para o diálogo imediato, Xi Jinping traçou uma estratégia de longo prazo, fortalecendo sua economia, diversificando fornecedores e reforçando medidas para neutralizar os impactos das tarifas impostas pelos EUA.
Diferente de líderes que tentam contemporizar, Xi entende que qualquer gesto de submissão pode ser interpretado como fraqueza.
Por isso, a China responde com medidas firmes, como novos impostos sobre produtos americanos e sanções estratégicas contra empresas dos EUA. O próprio governo chinês já deixou claro que está pronto para uma nova guerra comercial, se for necessário.
O cenário global é outro. A China, agora, tem laços comerciais fortalecidos com diversas nações e depende menos dos EUA do que antes.
Enquanto Canadá e México veem suas exportações atreladas ao mercado norte-americano, Pequim ampliou parcerias com países como Brasil e Argentina para garantir o fornecimento de produtos essenciais.
Trump pode gostar de se vender como um negociador implacável, mas, diante da China de Xi Jinping, suas táticas não causam o mesmo impacto.
O gigante asiático já conhece o jogo e não pretende entrar nele como um oponente vulnerável. No tabuleiro da economia global, Pequim deixou claro que não aceitará blefes.
