O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), foi oficialmente acusado de comprar votos nas eleições de 2020, de acordo com o relatório da Polícia Federal solicitado pela Justiça Eleitoral, segundo informa o jornal A Gazeta.
O processo foi aberto pelo então candidato derrotado à Prefeitura de Cuiabá, deputado federal Abílio Brunini (PL), contra a chapa do atual prefeito. No entanto, a PF não encontrou ligações entre os aliciadores de votos e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
A análise da Polícia Federal se baseou em informações encontradas no telefone da ex-servidora da Secretaria Municipal de Saúde, Elaine Cristina Leite de Queiroz, presa em flagrante comprando votos.
Segundo o relatório, não foi possível inferir que Elaine agia em nome do prefeito Emanuel Pinheiro para realizar a compra de votos, embora a apoiasse.
No entanto, o vereador Chico 2000 manteve conversas diretas com a ex-servidora e há indícios de que ela agia em nome dele, aliciando pessoas para vender seus votos por R$ 50 cada.
O relatório destacou conversas que evidenciam indícios de crime eleitoral, onde Elaine pergunta a um contato sobre o valor que Chico pagaria para receber votos e se o cadastro já havia sido concluído.
O processo teve início após as eleições de 2020, mas a quebra de sigilo telefônico e bancário da ex-servidora só foi concluída em abril de 2023. Foram analisados mais de 22 gigas de mensagens de texto, áudios, vídeos e conversas do WhatsApp.
Até o momento, a assessoria de imprensa do vereador Chico 2000 não se manifestou sobre o caso.
Benedito Rubens de Amorim 11/07/2023
Será que vai dar alguma coisa nisso aí.
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